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Com a crescente tensão envolvendo as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o Banco do Brasil (BB) passou a ser alvo de especulações sobre sua operação internacional. De acordo com o “2025 Tailored Resolution Plan”, documento oficial de planejamento de resolução para instituições financeiras, o banco possui cerca de US$ 16,8 bilhões em ativos nos EUA, distribuídos entre filiais, agências e subsidiárias.
A filial de Nova York (BB-NY) é a mais robusta, funcionando como o principal centro de liquidez do banco no país. Sozinha, detinha aproximadamente US$ 13,8 bilhões em ativos até 31 de dezembro de 2024. Já a agência de Miami operava com cerca de US$ 67,8 milhões, enquanto o centro de serviços em Orlando mantinha US$ 2,56 milhões em ativos.
Já a subsidiária Banco do Brasil Americas (BB Americas), com atuação focada no estado da Flórida, aparece entre os bancos mais saudáveis do país, com US$ 2,83 bilhões em ativos — segundo rankings locais do setor financeiro.
Confira a distribuição dos ativos do Banco do Brasil nos Estados Unidos:
• BB Nova York: US$ 13,8 bilhões
• BB Miami: US$ 67,8 milhões
• Centro de Serviços – Orlando: US$ 2,56 milhões
• BB Americas: US$ 2,83 bilhões
Total aproximado: US$ 16,8 bilhões em ativos.
Essas estruturas são consideradas estratégicas para a atuação internacional do banco, especialmente no relacionamento com empresas brasileiras com presença global, captação de recursos em moeda estrangeira e operações de câmbio.
Caso o Banco do Brasil fosse forçado a encerrar suas atividades nos Estados Unidos, os impactos financeiros poderiam ser significativos. Especialistas estimam pelo menos quatro frentes de prejuízo:
1. Liquidação forçada de ativos: Vender ativos rapidamente em um cenário de saída pode levar a perdas substanciais, especialmente em ativos financeiros mais sensíveis como créditos, derivativos e instrumentos de liquidez.
2. Despesas de encerramento: O fechamento das operações traria custos com indenizações, multas regulatórias, encargos administrativos e potenciais impactos reputacionais.
3. Perda de negócios futuros: O BB perderia canais importantes de relacionamento com o mercado internacional, especialmente clientes corporativos e parceiros institucionais.
4. Riscos sistêmicos: Dada a relevância política e econômica do Banco do Brasil, qualquer ruptura drástica poderia causar desconfiança no mercado e até acionar reflexos no sistema financeiro brasileiro.
Um movimento desse tipo poderia impactar não apenas o balanço do banco, mas também sua imagem global, relações com investidores estrangeiros e acesso a mercados de capitais internacionais.
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