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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (4) que ainda não há decisão sobre a possibilidade de votação de uma proposta de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, o assunto segue em discussão e tem sido tratado em reuniões com diferentes lideranças políticas.
A anistia voltou ao centro das articulações no Congresso com o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de tentativa de golpe de Estado. A pauta, defendida como prioridade pela oposição, passou a ganhar força também entre parlamentares do Centrão.
Nos últimos dias, Motta se reuniu com aliados de Bolsonaro, entre eles o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem atuado na defesa da proposta. Lideranças como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, defendem uma anistia considerada ampla, que incluiria também Jair Bolsonaro.
Paralelamente, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sinalizou que deve apresentar um texto próprio, com foco na redução das penas aplicadas pelo STF. Essa possibilidade, no entanto, não agrada à oposição na Câmara, que rejeita a ideia de atenuação parcial e insiste em uma proposta de perdão integral.
Apesar da pressão, Motta não estabeleceu prazo ou cronograma para análise do tema. A avaliação entre parlamentares é de que o presidente da Câmara não estaria confortável em colocar a pauta em votação durante o julgamento de Bolsonaro no STF.