O STF iniciou, nesta terça-feira (2), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de articular um golpe de Estado após as eleições de 2022. Cada advogado tem uma hora para defender a absolvição de seu cliente.

Entre os defensores estão nomes conhecidos no meio jurídico e político nacional. A seguir, veja quem são os advogados de cada réu:

Jair Bolsonaro

• Celso Vilardi: Criminalista, professor de Direito Penal Econômico na FGV-SP e fundador do Vilardi e Advogados. Atuou em casos de destaque na Lava Jato, como as defesas de Eike Batista, Delúbio Soares e executivos da Camargo Corrêa.

• Paulo Amador da Cunha Bueno: Advogado criminalista, professor da PUC-SP, representa Bolsonaro desde o caso das joias sauditas. É ex-presidente do Conselho de Administração do Safari Club International.

Mauro Cid

• Cezar Bitencourt: Doutor em Direito Penal, autor de 33 livros, já defendeu políticos como Rodrigo Rocha Loures. Ele classifica os atos de 8 de Janeiro como “violência generalizada e antidemocrática”.

Walter Braga Netto

• José Luis Oliveira Lima: Criminalista conhecido por defender José Dirceu no caso do Mensalão. Representa Braga Netto, preso preventivamente em dezembro de 2024.

Augusto Heleno

• Matheus Mayer Milanez: Professor e mestrando na UnB, preside a Comissão de Direito Militar da OAB/DF. Durante o processo, protagonizou cenas inusitadas e orientou Heleno a se restringir aos fatos.

Anderson Torres

• Eumar Novacki: Coronel da reserva da PM do MT e ex-secretário do Ministério da Agricultura. Teve momento de descontração com Moraes durante o julgamento.

Alexandre Ramagem

• Paulo Renato Garcia Cintra Pinto: Ex-assessor-chefe da PGR até março de 2023.

Almir Garnier

• Demóstenes Torres: Ex-senador cassado em 2012, acusado de envolvimento com Carlinhos Cachoeira. Hoje, é advogado de Garnier.

Paulo Sérgio Nogueira

• Andrew Fernandes Farias: Criminalista de Brasília. Passou por desentendimento com seu cliente durante os interrogatórios, seguido de um pedido de desculpas público do general.

Os trabalhos no Supremo seguem nos próximos dias, com a continuidade das sustentações orais e possíveis desdobramentos jurídicos a depender do entendimento dos ministros.