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Pois é, minha gente: o dia chegou! William Bonner, o “tiozão sério” do Jornal Nacional, decidiu pendurar o microfone depois de mais de 25 anos ditando o ritmo das noites brasileiras. Foi uma vida inteira à frente da bancada, com cara de quem nunca erra o TP e sempre sabe a hora de fazer aquela pausa dramática. Mas agora, a era Bonner chegou ao fim e, claro, a pergunta que não quer calar é: quem teria cacife para sentar naquela cadeira pesada e segurar o rojão?
Logo que a notícia da saída caiu, começou a ciranda das apostas. O primeiro nome a pipocar foi o de Heraldo Pereira, veterano da Globo, com voz de trovão e respeito de sobra na redação. Mas muita gente acha que ele já está confortável demais nas funções atuais e não teria o mesmo apelo popular que Bonner tinha. Já Maju Coutinho, queridinha do público e sempre lembrada quando o assunto é representatividade, foi apontada como aposta ousada. Mas será que o público conservador do JN compraria a ideia de uma mudança tão grande? Eis a dúvida.
E não parou por aí. Até Poliana Abritta, do Fantástico, entrou na roda. A ruiva, que já rodou meio mundo em reportagens internacionais, seria uma cara nova para o horário nobre. Mas, convenhamos, ela parece muito mais à vontade aos domingos do que no telejornal sisudo das 20h30. Quem também apareceu nas conversas foi Chico Pinheiro — sim, o bom vivã que já saiu da Globo, mas que, quando estava lá, encantava (e às vezes irritava) com aquele jeitão espontâneo demais para um programa que vive de seriedade.
Teve até quem lembrasse de André Trigueiro, com seu jeito analítico e postura professoral. Ótimo jornalista? Sem dúvida. Mas alguém consegue imaginar Trigueiro com a mesma popularidade de Bonner, sendo meme nas redes e citado em roda de bar? Pois é… difícil. Outros nomes menos badalados também circularam, como Flávio Fachel, que já segurou o rojão do JN em plantões, e Leilane Neubarth, veterana que ainda segura a credibilidade como poucos.
Mas, no fim das contas, nada de surpresas mirabolantes: a Globo jogou seguro e entregou a vaga para César Tralli. O jornalista, que já conquistou o público com seu estilo firme no SP1 e mostrou equilíbrio no Jornal Hoje, foi considerado o nome certo para manter a tradição sem dar susto na audiência. Nem ousadia, nem novidade — mas alguém que sabe muito bem a responsabilidade que está assumindo.
Então, anotem na agenda: em novembro, é Tralli quem vai dar o boa noite para o Brasil. Bonner sai pela porta da frente, deixando um legado gigante, e Tralli entra com a missão ingrata de provar que o Jornal Nacional pode até mudar de rosto, mas continua sendo o mesmo palco onde a notícia é levada a sério (mesmo que o público, cá entre nós, adore transformar cada troca na bancada em uma novela à parte).