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Mesmo após a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira terem encerrado oficialmente as buscas pelo naufrágio da lancha Jany...
Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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Mesmo após a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira terem encerrado oficialmente as buscas pelo naufrágio da lancha Jany, ocorrido em 23 de agosto próximo à Ilha da Queimada Grande, em Itanhaém, um grupo de pescadores mantém viva a esperança de localizar o último desaparecido, o aposentado Lucídio Francisco Dias.

O caso já teve dois corpos encontrados: o da professora aposentada Maria Aparecida da Silva Dias e o de seu filho, o médico veterinário Bruno Silva Dias. A terceira vítima, porém, ainda não foi localizada, o que mantém a angústia da família e a mobilização dos voluntários no mar.

Entre os que seguem no trabalho está Anderson Café, que atua no setor náutico em Itanhaém e integra uma equipe formada por pescadores da região que se organizou especialmente para continuar as buscas. Em entrevista exclusiva a ISN Anderson explicou: “Muita gente acha que acabou, mas não acabou. Ainda falta uma pessoa no mar, e nós não vamos parar até encontrar. A família merece uma resposta”.

Ele reforça que a decisão oficial de encerrar as operações não significou o fim da procura, apenas uma mudança na frente de atuação. “Nós estamos todos os dias em alto-mar. Tem um grupo de pescadores que não desistiu, que se revezam, que navegam até de madrugada. Alguns veículos de comunicação chegaram a dar como se estivesse tudo resolvido, mas não está. É importante que a população saiba que ainda tem um corpo desaparecido.”

A iniciativa da comunidade mostra a força da solidariedade em meio à tragédia. Sem equipamentos sofisticados, mas com experiência de décadas no mar, os pescadores usam o conhecimento das correntes e dos ventos para ampliar o alcance das buscas. “A gente conhece cada canto, cada mudança do mar. É isso que nos move, porque poderia ser qualquer um de nós. É uma missão de respeito e humanidade”, conclui Anderson.

Enquanto familiares aguardam por notícias e a Marinha finaliza relatórios sobre as causas do naufrágio, são os barcos pesqueiros que cruzam diariamente o horizonte de Itanhaém, em um esforço silencioso e incansável, na tentativa de dar um fim digno à história que ainda permanece em aberto.

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