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O programa ISFM News desta terça-feira (2) discutiu o início do julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e de outros sete réus sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrida após a última eleição presidencial, em 2022.
De acordo com o médico Benjamin Rodriguez Lopez, o Brasil vive um momento singular, com um ex-presidente em prisão domiciliar acusado de tentativa de golpe. Para ele, é improvável que Bolsonaro consiga escapar diante das provas robustas já apresentadas.
Benjamin ressaltou ainda que houve interferência externa com a participação do governo Trump, da maior potência militar do mundo. Segundo ele, é essencial que os juízes atuem de forma isenta, garantindo que a democracia prevaleça durante o julgamento.
Já o economista Denis Castro destacou que desde Trump os Estados Unidos adotam medidas inéditas e inexplicáveis no campo internacional. Ele avaliou que no Brasil existe a possibilidade de anistia a Bolsonaro, o que pode torná-lo elegível em 2026.
Para Denis, o que poderia ser um marco civilizatório pode se tornar mais um episódio triste se houver anistia. Ele lembrou que Bolsonaro nunca buscou provar inocência, preferindo minimizar os atos nas redes sociais, apesar das confissões de aliados próximos.
Apresentado por Paulo Schif, o ISFM News vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na rádio ISFM 100,7. O programa também pode ser acompanhado ao vivo ou sob demanda no canal oficial da emissora no YouTube.
A notícia
O Supremo Tribunal Federal iniciou nesta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados, acusados de articular uma tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.
O processo é analisado pela Primeira Turma da Corte, com base na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Os réus são apontados como parte do núcleo central da trama golpista, considerada uma das mais graves ofensivas contra a democracia recente.
O julgamento teve início com a leitura do relatório feita pelo ministro Alexandre de Moraes, que detalhou todo o caminho da ação penal. Ele reforçou a independência do STF, a soberania nacional e a imparcialidade da Corte diante de pressões externas e internas.
Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou a denúncia. Ele classificou o plano como “espantoso e tenebroso” e afirmou ser imperativo punir os responsáveis, de forma a desencorajar novas tentativas de aventuras golpistas no país.