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Maioria dos réus por trama golpista deve acompanhar julgamento no STF de forma remota
Foto: Gustavo Moreno/STF
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O julgamento dos integrantes do núcleo central da chamada trama golpista começa nesta terça-feira (2) no Supremo Tribunal Federal (STF), e a maior parte dos réus já indicou que deve acompanhar as sessões de forma remota. Dos oito acusados, apenas o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, deve ir presencialmente ao STF.

A presença física dos réus não é obrigatória, e todos serão representados por seus advogados. Segundo as defesas, os acusados pretendem assistir ao julgamento pela televisão, inclusive para evitar exposição pública.

Entre os réus que devem acompanhar remotamente estão Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar por descumprir medidas impostas pelo STF, ainda não confirmou se pedirá autorização ao ministro Alexandre de Moraes para comparecer. Embora assessores recomendem que ele não vá, aliados avaliam que a presença poderia representar um gesto de força política. Bolsonaro já esteve presente em sessões anteriores, inclusive em junho, quando foi interrogado pelo próprio Moraes.

O general Braga Netto, preso no Rio de Janeiro por suposta tentativa de obstrução das investigações, também deve assistir às sessões pela TV. Já o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, ainda não confirmou sua decisão.

A Primeira Turma do STF reservou cinco dias e oito sessões para o julgamento, que deve se estender até 12 de setembro. Os réus são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar uma organização criminosa que tentou manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. Todos negam participação no suposto plano golpista e pedem a rejeição da denúncia por falta de provas.

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