Polícia Civil conclui inquérito que apura apropriação indébita e falsidade ideológica na administração do empreendimento
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que investigava crimes financeiros ligados à construção e administração de um hotel em Patos de Minas, no Alto Paranaíba. As apurações resultaram no indiciamento de três pessoas: um homem de 70 anos, o filho dele, de 43, e um terceiro envolvido, de 53 anos.
As investigações começaram a partir de uma denúncia feita por um dos sócios do hotel, de 62 anos, que relatou desvios milionários praticados pelo idoso com apoio dos outros dois investigados.
Pai e filho foram indiciados por apropriação indébita e falsidade ideológica. Já o terceiro suspeito, de 53 anos, responderá por estelionato em coautoria com o crime de apropriação indébita.
Entre 2012 e 2025, os investigados teriam se apropriado de bens e valores do hotel por meio de diversas irregularidades, incluindo uso indevido de notas fiscais da empresa para custear obras particulares, desvios de recursos que deveriam ser aplicados no capital social — estimados em mais de R$ 1,2 milhão —, saques bancários sem justificativa no valor de R$ 386 mil, além da emissão de cheques sem fundos e contratos de permuta simulados com fornecedores.
Também foi constatado o uso de notas fiscais ideologicamente falsas para obter financiamento de R$ 9 milhões junto ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), verba que teria sido empregada em obras particulares do investigado mais velho.
O inquérito foi finalizado e os autos já foram encaminhados ao Ministério Público para as providências legais.