Um ataque a tiros deixou duas crianças mortas e 17 pessoas feridas nesta quarta-feira (27) em uma igreja no sul de Minneapolis, capital do estado de Minnesota, nos Estados Unidos. O episódio ocorreu durante uma missa que marcava a primeira semana de volta às aulas de uma escola católica localizada ao lado do templo religioso.
As vítimas fatais tinham 8 e 10 anos. Entre os feridos, 14 são crianças, sendo que duas permanecem internadas em estado crítico. O autor do ataque, armado com um fuzil, uma espingarda e um revólver, atirou de fora da igreja, quebrando janelas de vidro e atingindo fiéis e alunos. Após a ação, ele tirou a própria vida.
Policiais que entraram no local encontraram diversas crianças escondidas após os disparos. Moradores da região relataram ter ouvido entre 30 e 50 tiros consecutivos.
As autoridades locais classificaram o crime como um dos mais graves já registrados na cidade. O prefeito de Minneapolis descreveu o ato como um ataque de ódio que vitimou crianças em um momento de oração. O governador do estado, Tim Walz, confirmou o envio de equipes de emergência e prestou solidariedade às famílias, destacando que a primeira semana de aulas, que deveria ser de acolhimento, foi marcada por tragédia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter determinado o envio imediato do FBI para atuar nas investigações. O diretor da agência, Kahs Pattel, confirmou a mobilização.
Testemunhas relataram cenas de pânico, com alunos e professores se refugiando dentro da igreja. Uma estudante de 10 anos disse que, em meio ao desespero, ela e colegas se uniram em orações enquanto os disparos ecoavam.
O ataque ocorreu menos de 24 horas após outro episódio de violência na cidade, quando uma pessoa morreu e três ficaram feridas em frente a uma escola de ensino médio.
Casos como esse têm se repetido nos Estados Unidos desde a década de 1960, com aumento significativo a partir dos anos 1990. De acordo com dados do Instituto de Governo Rockefeller, já foram registrados mais de 500 ataques desse tipo, resultando em mais de 1.700 mortes.