O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para reforçar a segurança no entorno da residência de Jair Bolsonaro, em Brasília. O parlamentar alegou que existe risco de fuga do ex-presidente, destacando que a Embaixada dos Estados Unidos fica a cerca de 10 minutos de carro do endereço.
O pedido inclui a manutenção permanente de monitoramento eletrônico e a adoção de protocolos imediatos de ação pela Polícia Federal.
O ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos contra Bolsonaro, encaminhou o requerimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) e deu prazo de cinco dias para manifestação.
Em resposta, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, recomendou que a Polícia Federal mantenha equipes de prontidão em tempo integral para fiscalizar o cumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro, como a prisão domiciliar e o uso de tornozeleira eletrônica. O parecer ressalta que a vigilância deve ser constante, mas sem violar a privacidade da residência nem causar transtornos à vizinhança.
Entenda a prisão de Bolsonaro
O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início de agosto, por decisão de Alexandre de Moraes, no âmbito das investigações sobre tentativas de golpe de Estado e ataques às instituições democráticas.
Entre as medidas impostas, Bolsonaro está proibido de manter contato com outros investigados, usar redes sociais e precisa utilizar tornozeleira eletrônica para monitoramento constante.
Planos de fuga para a Argentina
As suspeitas sobre risco de fuga ganharam força após a revelação de uma conversa interceptada, na qual Bolsonaro teria discutido a possibilidade de buscar refúgio na Argentina. O diálogo foi anexado aos autos e usado pelo PT como argumento para reforçar a necessidade de vigilância permanente.