O pastor Silas Malafaia optou por permanecer em silêncio durante depoimento prestado à Polícia Federal nesta quarta-feira (20). A decisão foi tomada após a defesa alegar que ainda não teve acesso integral ao inquérito em andamento, mas o religioso pretende se manifestar às autoridades assim que obtiver conhecimento formal do conteúdo da investigação.
No mesmo dia, Malafaia foi alvo de mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares ao desembarcar no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A medida foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que investiga o crime de coação no curso de processo, relacionado à tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), as apurações identificaram diálogos e publicações que indicam a atuação do pastor como orientador e auxiliar de estratégias voltadas a pressionar o Judiciário. Os registros apontam ligação com ações atribuídas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também são investigados no mesmo inquérito.
Como medida cautelar, Malafaia está proibido de deixar o país e de manter contato com os demais investigados. A Polícia Federal segue analisando o material apreendido para verificar sua relevância no caso.