ISFM News analisa operação da Polícia Federal contra Silas Malafaia

O programa ISFM News desta quinta-feira (21) abordou a investigação de Silas Malafaia por parte da Polícia Federal.

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O programa ISFM News desta quinta-feira (21) abordou a investigação de Silas Malafaia por parte da Polícia Federal. Ele foi abordado pela PF no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, após desembarcar de um voo vindo de Lisboa.

O empresário João Vilella afirmou que é comum as pessoas falarem alguma bobagem em particular, pois cada um tem sua intimidade. Para ele, o problema é a perseguição política e não caberia ao Supremo Tribunal Federal se envolver em picuinhas dessa natureza.

Vilella avaliou que é um absurdo responsabilizar ministros do Supremo por falas de terceiros, já que a Corte deveria se restringir a questões constitucionais. Ele lembrou que Lula foi eleito sob promessa de pacificar o Brasil, enquanto Bolsonaro era criticado por seu temperamento explosivo.

O empresário destacou que sua preocupação maior é com o país e não com Lula, Bolsonaro ou qualquer outra figura em específico. Ele ainda comparou a situação brasileira com países como Estados Unidos, China e Japão, que segundo ele buscam se reequilibrar e têm obtido êxito nesse processo.

O advogado Rodrigo Julião ressaltou que é preciso levantar o debate sobre o papel do Supremo Tribunal Federal no país, já que se trata de um poder de relevância para o Estado democrático de direito. Ele criticou a presença de questões particulares sendo discutidas pela Corte.

Julião lembrou que nas eleições Jair Bolsonaro foi proibido de chamar Lula de ladrão, mas o mesmo ministro autorizou que o atual presidente chamasse Bolsonaro de genocida, o que considera mais grave. Para ele, a interferência do Judiciário na política não é saudável.

Apresentado por Paulo Schiff, o ISFM News vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na rádio ISFM 100,7. O programa também pode ser acompanhado ao vivo ou sob demanda no canal oficial da emissora no YouTube.

A notícia

A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (20), mandado de busca e apreensão contra o pastor Silas Malafaia no Aeroporto do Galeão, no Rio. A medida, autorizada pelo STF, integra o inquérito que apura coação no curso do processo da tentativa de golpe de Estado.

Segundo a investigação, a coação foi dirigida a autoridades ligadas ao caso em que Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo são réus. Além da apreensão de celulares, Malafaia teve medidas cautelares impostas, como a proibição de deixar o país ou contatar outros investigados.

O pastor foi abordado por agentes federais ao desembarcar de um voo de Lisboa. Ele foi conduzido às dependências do aeroporto, onde prestou depoimento à PF. As medidas foram solicitadas pela própria Polícia Federal e tiveram aval da Procuradoria-Geral da República.

Em parecer do dia 15, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que diálogos obtidos mostram Malafaia como orientador e auxiliar de ações de coação e obstrução ligadas a Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro, ambos réus na Ação Penal 2668, sobre a tentativa de golpe.

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