O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (18), durante encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que há uma “chance razoável” de encerrar a guerra contra a Rússia, caso seja realizada uma reunião trilateral com Vladimir Putin. A declaração foi feita no Salão Oval da Casa Branca, em Washington.
“Acho que se tudo correr bem hoje, teremos uma ‘trilateração’, e acho que haverá uma chance razoável de acabar com a guerra quando fizermos isso”, disse Trump a jornalistas, ao lado de Zelensky. O republicano voltou a se mostrar confiante, afirmando que o objetivo das conversas é chegar a um acordo definitivo: “Teremos uma paz duradoura”.
Questionado sobre as exigências de Putin em relação às chamadas “causas profundas” do conflito, Trump respondeu: “A guerra vai acabar quando acabar. Não posso dizer quando, mas a guerra vai acabar, e este senhor [Zelensky] quer que ela acabe, e Vladimir Putin quer que ela acabe. Acho que o mundo inteiro está cansado disso e vamos acabar com isso”.
Zelensky, por sua vez, reiterou que a Ucrânia busca uma paz justa, sem deixar de lembrar a invasão russa que já dura mais de três anos. O líder ucraniano evitou responder diretamente sobre a possibilidade de ceder territórios conquistados pela Rússia desde o início da guerra.
Cúpula em Washington: próximos passos das negociações
O encontro bilateral antecede a reunião conjunta entre Trump, líderes europeus, representantes da União Europeia e da Otan, também marcada para esta segunda-feira na Casa Branca. A expectativa é de que as negociações avancem em torno de um esboço de acordo de paz, após meses de impasse diplomático.
A movimentação diplomática ocorre dias depois da reunião entre Trump e Putin, no Alasca, onde ambos defenderam a continuidade do diálogo, mas sem apresentar medidas concretas para o cessar-fogo.
Apesar do tom otimista de Trump, Zelensky enfrenta forte pressão. No domingo (17), o presidente norte-americano afirmou que o fim da guerra depende “quase imediatamente” do líder ucraniano, atribuindo a ele a responsabilidade sobre os próximos passos.