EUA e Rússia discutem garantias de segurança para a Ucrânia fora da Otan

O enviado especial do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria aceitado

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O enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria aceitado garantias de segurança robustas para a Ucrânia como parte de um possível acordo de paz. Segundo Steve Witkoff, a proposta prevê defesa coletiva da Ucrânia por Estados Unidos e Europa, caso a Rússia tente uma nova invasão.

De acordo com Witkoff, a cláusula serviria como alternativa à exigência russa de que a Ucrânia jamais integrasse a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ainda segundo ele, autoridades russas teriam se comprometido a formalizar, por meio de legislação, o compromisso de não invadir a Ucrânia nem qualquer outro país europeu futuramente.

Embora Moscou não tenha confirmado oficialmente os termos mencionados, as propostas ecoam uma ideia levantada por Trump em uma ligação recente com líderes europeus. A proposta prevê garantias de segurança similares ao Artigo 5 da Otan, mas sem envolvimento formal da aliança militar. O Artigo 5 estabelece que um ataque contra um país-membro é considerado um ataque contra todos.

Uma fonte europeia confirmou que as conversas com Trump abordaram garantias de segurança nos moldes do Artigo 5, com respaldo europeu e americano, mas sem a participação direta da Otan. Potências europeias também sugeriram a criação de uma força de segurança para a Ucrânia, ressaltando, contudo, que isso dependeria do apoio dos EUA — algo que Trump ainda hesita em garantir.

Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem buscado formas de garantir sua soberania. O país, que perdeu cerca de um quinto de seu território para a ocupação russa, intensificou ataques dentro do território inimigo, mirando infraestrutura militar. Em resposta, Moscou tem ampliado ofensivas aéreas com uso de drones.

Embora ambos os lados neguem atacar civis deliberadamente, milhares de vidas — em sua maioria ucranianas — já foram perdidas, e estima-se que mais de um milhão de pessoas tenham sido mortas ou feridas desde o início do conflito, segundo os EUA.

A pressão por um acordo de paz tem crescido, impulsionada principalmente por Donald Trump, que defende uma solução negociada para encerrar os combates. Apesar disso, Moscou segue firme em seus principais objetivos militares e não demonstra intenção de recuar.

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