Uberaba registra casos de Esporotricose Humana e autoridades reforçam orientações de prevenção

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Doença transmitida por fungos tem gatos como principais vetores; tratamento é gratuito pelo SUS

Quatro casos de Esporotricose Humana foram registrados em Uberaba neste ano, segundo o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM). Em 2024, não houve notificações da doença na instituição, que integra a Rede Ebserh e atende a macrorregião do Triângulo Sul.

A esporotricose é uma micose subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix, que penetram no corpo por meio de ferimentos com espinhos, madeira, vegetais em decomposição ou arranhaduras e mordidas de animais doentes, especialmente gatos, embora cães também possam transmitir a infecção.

Os sintomas incluem lesões e nódulos na pele, geralmente na área do ferimento, que podem se espalhar pelo corpo em forma de “rosário”. As manifestações variam desde lesões cutâneas localizadas até formas graves, com comprometimento de ossos, articulações, mucosas e outros órgãos.

O infectologista do HC-UFTM, Rodrigo Molina, explicou que o diagnóstico é feito por meio da coleta de secreção das lesões, com posterior análise no Ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias da instituição. O tratamento é gratuito pelo SUS e envolve o uso prolongado de antifúngicos — por até um ano, dependendo da gravidade.

Para prevenir a esporotricose, especialistas orientam o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) ao lidar com plantas, terra ou madeira, além de cuidados redobrados com animais de estimação. Gatos devem ser mantidos saudáveis e receber acompanhamento veterinário, evitando o contato com ambientes contaminados.

A doença é de notificação compulsória e tem apresentado aumento de casos em várias regiões do país. Autoridades de saúde reforçam que qualquer lesão suspeita deve ser avaliada por dermatologistas ou infectologistas.

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