Fumaça branca pode vir da África: Dois cardeais africanos são favoritos

Igreja se aproxima da eleição do primeiro papa africano da era moderna

IMAGENS DA INTERNET

Após a morte do Papa Francisco, o mundo católico entra em um momento decisivo — e possivelmente histórico. Pela primeira vez na era moderna, dois cardeais africanos despontam como favoritos para assumir o comando da Igreja Católica: Fridolin Ambongo, da República Democrática do Congo, e Robert Sarah, da Guiné.

A escolha de um papa africano teria um peso simbólico enorme. Durante séculos, o papado foi ocupado quase exclusivamente por homens brancos, europeus. Agora, com o catolicismo crescendo rapidamente no continente africano, o centro da fé pode estar prestes a mudar de hemisfério.

Fridolin Ambongo é visto como uma voz progressista. Arcebispo de Kinshasa, ele tem se destacado por sua atuação em defesa dos direitos humanos e da justiça social, especialmente em contextos de crise política. Já o cardeal Robert Sarah representa a ala conservadora da Igreja, com forte ênfase na tradição litúrgica e nos valores doutrinários mais rígidos.

A tensão entre essas duas visões pode influenciar diretamente o rumo da Igreja nas próximas décadas. Um papa como Ambongo sinalizaria abertura para reformas e maior atenção aos desafios sociais do Sul Global. Já Sarah manteria o foco na identidade doutrinal e espiritual da Igreja, em meio a um mundo em constante transformação.

Como será o processo para a escolha do novo pontífice?

Enquanto isso, o Vaticano se prepara para o ritual de despedida de Francisco. O sepultamento deve ocorrer entre 4 e 6 dias após sua morte, quebrando a tradição ao ser realizado na Basílica de Santa Maria Maior, em vez da tradicional Basílica de São Pedro.

Nos nove dias seguintes, fiéis do mundo inteiro acompanharão as “novendiales” — as missas diárias em homenagem ao papa falecido. Esse período de luto e oração antecede um dos processos mais secretos e simbólicos do mundo moderno: o conclave.

Aproximadamente 120 cardeais com menos de 80 anos terão direito a voto. Eles se reúnem em isolamento total na Casa Santa Marta, no Vaticano, e realizam as votações na Capela Sistina — tradição que remonta ao século XIII. Todo o processo é cercado de sigilo, rituais e simbolismos que reforçam o peso histórico do momento.

Em breve, a fumaça branca surgirá novamente no céu de Roma. E, com ela, talvez um novo tempo para a Igreja Católica — mais global, mais diversa, e, quem sabe, com um sotaque africano.

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