Pesquisadora da Embrapa é a primeira brasileira a receber o ‘Nobel da Agricultura’

Mariangela Hungria é reconhecida internacionalmente por pesquisas em fixação biológica de nitrogênio

Reprodução/Instagram

A engenheira agrônoma e pesquisadora da Embrapa, Mariangela Hungria, tornou-se a primeira brasileira a receber o Prêmio Mundial de Alimentação, conhecido como o “Nobel da Agricultura”, em reconhecimento às suas contribuições científicas para a agricultura sustentável. Especialista em microbiologia do solo, Hungria é referência internacional em pesquisas sobre fixação biológica de nitrogênio, tecnologia que reduz o uso de fertilizantes químicos e aumenta a produtividade agrícola.

Natural de Itapetininga (SP), Mariangela decidiu seguir carreira científica aos 8 anos, inspirada pelo livro “Caçadores de Micróbios”, presente de sua avó. Formou-se em agronomia pela ESALQ/USP em 1979 e ingressou na Embrapa em 1982, a convite da cientista Johanna Döbereiner. Desde 1991, atua na Embrapa Soja, em Londrina (PR), onde lidera pesquisas sobre o uso de microrganismos benéficos na agricultura.

Ao longo de sua carreira, Hungria orientou mais de 50 alunos de graduação e pós-graduação e realizou estágios de pós-doutorado em instituições como as universidades de Cornell, Califórnia e Sevilha. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências e foi a primeira mulher a presidir a Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.

O Prêmio Mundial de Alimentação reconhece indivíduos que contribuem significativamente para a melhoria da qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo. A conquista de Mariangela Hungria destaca o papel da ciência brasileira no desenvolvimento de tecnologias agrícolas sustentáveis e na promoção da segurança alimentar global.

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