Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Justiça determina suspensão de mototáxis por aplicativos em São Paulo

Decisão ocorre após acidente fatal envolvendo passageira de 22 anos; Uber e 99 interrompem serviços na capital

Reprodução/Instagram

A Justiça de São Paulo determinou, nesta segunda-feira (26), a suspensão imediata dos serviços de transporte por motocicleta oferecidos pelas plataformas Uber e 99 na capital paulista. A medida foi tomada após a morte de Larissa Barros Máximo Torres, de 22 anos, em um acidente ocorrido no sábado (24), quando a passageira foi arremessada da garupa de uma moto de aplicativo após colisão com a porta aberta de um carro na Avenida Tiradentes, no centro da cidade.

O desembargador Eduardo Gouvêa, da 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, estipulou multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento da ordem judicial. A decisão reforça a suspensão anterior, emitida em 16 de maio, que já proibia a operação dos serviços de mototáxi na cidade.

Em resposta, as empresas Uber e 99 anunciaram a suspensão temporária dos serviços de transporte por motocicleta em São Paulo. A Uber afirmou que aguardará a análise do tema pelas instâncias competentes, seja por meio de regulamentação ou decisão judicial definitiva. A 99, por sua vez, destacou a urgência do debate sobre a inconstitucionalidade do decreto de proibição e informou que seguirá adotando medidas legais para assegurar os direitos da empresa, de seus usuários e motociclistas parceiros na cidade.

A disputa entre as plataformas e a Prefeitura de São Paulo sobre a legalidade do serviço de mototáxi por aplicativo se intensificou nos últimos meses. Em janeiro, a administração municipal publicou o Decreto nº 62.144/2023, que suspendeu o transporte remunerado privado individual de passageiros por motocicletas na capital. Apesar disso, as empresas continuaram oferecendo o serviço, alegando que a atividade é regulamentada por legislação federal.

A morte de Larissa Barros Máximo Torres reacendeu o debate sobre a segurança desse tipo de transporte. Segundo informações da Polícia Civil, a passageira foi arremessada da moto após a colisão e, ao cair na pista, foi atropelada por outro veículo. O motociclista envolvido no acidente deixou o local e não compareceu à delegacia.

Além da suspensão dos serviços, a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar possível crime de desobediência por parte das empresas, que continuaram operando mesmo após a proibição judicial anterior.

Compartilhe:
Publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *