Após um mês de intervenção, gestão Farid Madid devolve controle à City Transporte, mas mantém acusações de superfaturamento, gastos inflados e irregularidades no uso de dinheiro público.
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No apagar das luzes de abril, a Prefeitura de Guarujá publicou na quarta-feira (30) um novo decreto suspendendo a intervenção que havia instaurado pouco mais de um mês antes na empresa City Transporte Intermodal, concessionária responsável pelas linhas urbanas de ônibus da cidade. A intervenção, iniciada em 28 de março, tinha prazo inicial de 90 dias e poderia ser prorrogada por igual período.
Com o novo ato, o controle da concessão volta para as mãos da empresa. No entanto, o recuo do governo municipal não significa um recuo nas acusações. A gestão do prefeito Farid Madid (PODEMOS) afirma que segue investigando possíveis fraudes cometidas pela companhia no recebimento de subsídios públicos.
Durante o período de intervenção, a prefeitura afirmou ter identificado irregularidades graves na gestão da City. Segundo relatório produzido pela autoridade interventiva, a empresa teria inflado custos operacionais de forma artificial, aumentando a folha de pagamento e o consumo de combustível acima do necessário — o que teria servido como justificativa para elevar o valor dos repasses de recursos municipais.
A apuração interna da prefeitura sustenta que a manobra teria garantido à empresa subsídios superiores ao que ela teria direito, impactando diretamente os cofres públicos. Mesmo com a suspensão da intervenção, essas suspeitas continuam sendo alvo de processo administrativo, que deve incluir perícia técnica e oportunidade de defesa por parte da City.
No texto do decreto que oficializa a devolução da gestão, o governo municipal afirma que o objetivo da intervenção foi atingido: garantir o acesso a documentos, dados e informações que estavam sob controle exclusivo da concessionária. A Prefeitura afirma ainda que eventuais medidas punitivas dependerão do andamento do processo investigativo.
A suspensão da intervenção ocorre sem a apresentação pública de um parecer técnico conclusivo. Não há, até o momento, definição sobre responsabilizações nem previsão para uma decisão final. A City Transporte, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre o encerramento da intervenção nem sobre as acusações feitas pelo governo.
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