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O verão começou de forma intensa em São Paulo. Nos dias 25 e 26 de dezembro, a capital paulista registrou recordes consecutivos de temperatura para o mês de dezembro, segundo dados do INMET. As marcas históricas colocam o início da estação entre os episódios de calor mais extremos desde o início da série padronizada de medições, em 1961.

As medições foram realizadas na estação do Mirante de Santana, referência histórica da capital. No dia 25 de dezembro, os termômetros chegaram a 35,9 °C, maior temperatura já registrada para um dia de dezembro. No dia seguinte, 26 de dezembro, o calor aumentou ainda mais e atingiu 36,2 °C, quebrando novamente o recorde e configurando dois dias consecutivos de marcas históricas para o mês.

De acordo com o INMET, os dados fazem parte da série padronizada iniciada em 1961, o que permite comparar o comportamento das temperaturas ao longo das décadas. Embora não representem o maior valor absoluto da história da cidade, os registros colocam este início de verão entre os mais extremos já observados para dezembro em mais de 60 anos.

Além da capital

O calor intenso não ficou restrito à capital paulista. Outras regiões do Sudeste também enfrentaram temperaturas acima da média, noites abafadas e pouca queda térmica, ampliando a sensação de desconforto. Em paralelo, meteorologistas alertam que episódios como esse têm ocorrido com maior frequência e intensidade, especialmente no início do verão.

Além das altas temperaturas, o período recente foi marcado por eventos climáticos extremos, como temporais localizados, rajadas de vento fortes, queda de granizo e alagamentos em curto espaço de tempo. Em algumas cidades, moradores mais antigos relataram não se lembrar de episódios semelhantes, o que reforça a percepção de anormalidade.

Especialistas explicam que ondas de calor sempre existiram, mas hoje elas atuam sobre uma base climática mais quente, o que potencializa seus efeitos. Com isso, recordes que antes eram raros passam a ocorrer em sequência, como visto neste início de estação.

A expectativa agora se volta para os próximos meses do verão. A pergunta que fica é se este episódio foi apenas um pico isolado ou um sinal do padrão que deve se repetir ao longo da estação, aumentando os impactos sobre a saúde, o consumo de energia e a rotina nas grandes cidades.

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