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O influenciador Hytalo Santos e o marido dele, Israel Nata Vicente, voltaram a ser ouvidos pela Polícia Civil e causaram indignação com a justificativa dada para os vídeos gravados com crianças. Segundo investigadores, Hytalo afirmou que os conteúdos tinham “finalidade cultural”.
Durante o depoimento, ele chegou a dizer: “O que a gente gravava era cultural”, tentando evitar o enquadramento por exploração e exposição de menores.
Os dois estão presos desde agosto e são investigados por suspeita de utilizar crianças em gravações que ultrapassavam o limite legal e ético. O Ministério Público acompanha o caso e apura possíveis violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de uso da imagem dos menores para ganhar engajamento nas redes sociais.
Hytalo teria tentado minimizar os vídeos, alegando que se tratavam de representação artística e que não havia intenção sexual. As autoridades, porém, afirmam que as gravações expõem situações que podem constranger os menores e até induzir interpretações inadequadas — motivo que reforçou a decisão judicial pela manutenção da prisão preventiva.
A polícia também apura se houve pagamento ou troca de favores com famílias de crianças que participaram dos vídeos, além de possível aliciamento por meio da internet ou contatos pessoais. Perícias em celulares e equipamentos apreendidos podem revelar novas informações e ampliar o alcance da investigação.
O Ministério Público e a Polícia Civil indicam que o caso está em fase avançada e que novas prisões não estão descartadas. As autoridades analisam se houve tentativa de manipulação de testemunhas ou ocultação de provas.
O caso segue repercutindo nas redes sociais e levanta o debate sobre os limites do conteúdo digital envolvendo crianças. Juristas e especialistas alertam que a banalização da imagem infantil em produções para internet precisa de fiscalização constante — principalmente diante da busca por engajamento a qualquer custo.
