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Uma tragédia ocorreu na manhã desta quinta-feira (28) no Residencial Mirante dos Ventos, localizado no bairro Grand Ville, em Uberlândia, quando uma criança de 5 anos, Matthew Cruz Mussa, caiu do 12º andar do prédio. O incidente aconteceu por volta das 7h25, quando o menino tentou abrir a janela do banheiro de seu apartamento. A altura da queda foi de aproximadamente 36 metros, e o impacto foi ouvido por um casal que passava pela calçada. Eles imediatamente perceberam o ocorrido e acionaram os serviços de emergência.
O acidente aconteceu enquanto a mãe da criança estava ausente, tendo ido à academia do condomínio. Durante a sua ausência, o menino acordou sozinho e foi ao banheiro. Supõe-se que tenha utilizado uma cadeira para alcançar a janela, que não possuía grade de proteção, o que resultou na queda fatal.
O Corpo de Bombeiros e equipes de resgate chegaram rapidamente ao local, mas não conseguiram salvar a criança, que teve o óbito confirmado ainda no local. As imagens registradas por câmeras de segurança, que rapidamente se espalharam nas redes sociais, mostram o momento exato da queda e servirão como parte das evidências na investigação.

Desafios de Segurança e Falta de Proteção
Moradores do condomínio já haviam levantado preocupações anteriores sobre a segurança das janelas, especialmente no banheiro. Muitos moradores consideraram o peitoril da janela baixo, o que tornou o ambiente mais vulnerável, principalmente em andares elevados. Relatos indicam que alguns moradores adotaram medidas improvisadas, como toalhas, para evitar que crianças se aproximassem da janela, devido à falta de grades de proteção. Essa tragédia levantou ainda mais discussões sobre as condições de segurança nos prédios, especialmente em áreas com risco de quedas.
A Vitta Incorporadora, responsável pela construção do Residencial Mirante dos Ventos, se manifestou em nota lamentando profundamente a morte do menino e reafirmando seu compromisso com as normas e regulamentos de construção. A empresa, em respeito à privacidade dos envolvidos, preferiu não fornecer mais detalhes sobre o caso, mas garantiu que está colaborando com as investigações.

Investigação e Apuração do Caso
O boletim de ocorrência registrado pelo Corpo de Bombeiros classificou o incidente como abandono de incapaz, conforme estipulado no artigo 133 do Código Penal. Este crime ocorre quando uma pessoa responsável deixa um incapaz — como uma criança, idoso ou pessoa com deficiência — em uma situação de vulnerabilidade, expondo-o a risco, mesmo que não haja intenção direta de causar danos.
A investigação do caso está em andamento pela Polícia Civil, que está avaliando todas as circunstâncias. Embora a mãe da criança tenha sido mencionada no boletim de ocorrência, o advogado da família se manifestou, esclarecendo que a mãe estava muito abalada e que a tragédia foi uma fatalidade. Ela estava na lavanderia no momento do acidente, e não na academia, como inicialmente informado.
O caso gerou comoção em Uberlândia e em redes sociais, destacando a necessidade de mais rigor nas construções para garantir a segurança das crianças em prédios residenciais. A perícia segue, e novas informações devem ser divulgadas conforme a investigação avança.
