Publicidade
foto inss isencao 26 11 25
Getting your Trinity Audio player ready...

A partir de 2026, trabalhadores que recebem até R$ 5.000 por mês vão deixar de pagar Imposto de Renda Pessoa Física. A mudança foi confirmada com a sanção da lei pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (26), em cerimônia oficial no Palácio do Planalto, em Brasília.

A nova regra amplia a faixa de isenção e faz parte de um pacote de atualizações na tabela do IR. Hoje, a isenção efetiva alcança apenas quem ganha por volta de R$ 3.036 mensais, equivalente a dois salários mínimos. Com a sanção, o governo estima que cerca de 15 milhões de brasileiros serão beneficiados: aproximadamente 10 milhões deixarão de pagar o imposto e outros 5 milhões terão redução no valor descontado todos os meses.

Quando começa a valer na prática?

Apesar da aprovação ter ocorrido agora, a mudança não será aplicada imediatamente. As novas faixas começam a ser usadas a partir de 1º de janeiro de 2026. Ou seja:

  • os rendimentos de 2025 ainda seguem a tabela antiga;

  • a primeira declaração que vai usar a nova regra será a de 2027, referente ao ano-calendário de 2026.

Como ficou a nova tabela de isenção

  • Até R$ 5.000 mensais → Isenção total do IR.
  • De R$ 5.000,01 a R$ 7.350 → Desconto parcial, com tributação “gradual”.
  • Acima de R$ 7.350 → Tabela progressiva normal (alíquotas de 7,5% a 27,5%).

Esse modelo evita um salto brusco de tributação para quem está pouco acima da faixa de isenção e protege trabalhadores de baixa e média renda, que são os mais impactados pela inflação e pelo custo de vida.

E quem ganha mais que isso?

Para compensar a ampliação da isenção, a lei também mexe com a tributação sobre altas rendas. Quem ganha acima de R$ 600 mil por ano (cerca de R$ 50 mil por mês) passa a ter uma alíquota mínima efetiva, o que aumenta o peso do imposto para os mais ricos. Também haverá ajustes sobre lucros e dividendos, reforçando a progressividade do sistema tributário.

Impacto na economia e na renda familiar

A mudança deve aliviar o orçamento de milhões de famílias e aumentar o poder de compra, especialmente entre os trabalhadores que movimentam o consumo no dia a dia. O governo aposta que isso pode estimular a economia, mas especialistas lembram que o impacto real vai depender da eficiência na arrecadação sobre as faixas mais altas de renda e dos resultados econômicos dos próximos meses.

Destaques ISN

Relacionadas

Menu