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Um incêndio de grandes proporções atingiu, nesta quarta-feira (26), um conjunto de mega prédios residenciais em Hong Kong, considerado um dos mais densamente povoados da cidade. As chamas começaram às 14h51 no horário local (UTC+8) — o equivalente a 3h51 da madrugada em Brasília (UTC-3) — e se espalharam com extrema rapidez pelos andaimes de bambu e telas plásticas instalados para reformas externas.

O local atingido foi o complexo Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, composto por oito torres de 31 andares, com cerca de 2.000 apartamentos e aproximadamente 4.800 moradores. O incêndio foi classificado como nível 5 de emergência, o mais alto da escala de risco em Hong Kong.

Até o momento, autoridades confirmam ao menos 13 mortes, incluindo um bombeiro. Há dezenas de feridos, alguns em estado grave.

Mistura fatal

Segundo os primeiros relatórios, o fogo teria começado na estrutura externa de andaimes de bambu e malha plástica, materiais comuns na Ásia por serem baratos, mas altamente inflamáveis. Por estarem instalados em todas as torres do complexo, as chamas rapidamente avançaram pelos andares superiores.

Especialistas já apontam:

  • clima seco e ventilado no dia;
  • alto adensamento populacional;
  • obras simultâneas nas oito torres;
  • dificuldade de evacuação em prédios antigos.

Tudo isso criou um cenário perfeito para o fogo se alastrar com velocidade.

Resgate e operação de emergência

A resposta foi imediata: mais de 800 bombeiros, 128 caminhões de emergência e equipes médicas foram enviados ao local. A fumaça intensa dificultou o acesso aos andares mais altos, e autoridades admitem que ainda pode haver pessoas desaparecidas.

Abrigos temporários estão sendo montados para as vítimas e suas famílias, já que parte dos moradores perdeu tudo.

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Histórico dos mega prédios

  • Construção: 1983
  • Torres: 8 prédios de 31 andares
  • Apartamentos: 1.984 a 2.000
  • Moradores estimados: 4.800

Perfil dos moradores: famílias de baixa renda, idosos e trabalhadores do setor de serviços

As reformas externas faziam parte de um plano de revitalização — justamente o que criou a estrutura que potencializou o incêndio.

Investigação e cobrança pública

A principal pergunta agora é:
por que materiais tão inflamáveis foram usados em prédios antigos e superpopulosos?

Associações de moradores questionam a segurança dos andaimes de bambu, e especialistas afirmam que esse método deveria ser proibido em reformas verticais. O governo abriu investigação para apurar:

  • possíveis falhas de fiscalização;
  • escolha de materiais inadequados;
  • responsabilidade das empresas terceirizadas.

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