Fechamento de unidades e falta de pontos para registro de ocorrências preocupam moradores

O fechamento sucessivo de postos da Polícia Militar em diversos bairros de Juiz de Fora tem ampliado a sensação de insegurança entre os moradores. Com a mudança de diretrizes adotada pela corporação, estruturas que antes ofereciam suporte às comunidades foram desativadas, restando apenas as companhias da PM e uma base no Alto dos Passos para o registro de ocorrências (Reds/BOs).

A situação se agravou após o encerramento das atividades do Centro de Registro de Ocorrências Policiais (Crop), no Santa Cruz Shopping, em junho. A unidade era o principal ponto de atendimento no Centro da cidade, e sua extinção deixou a região sem um local fixo para registro de ocorrências.

Moradores relatam queda perceptível no efetivo policial nas ruas e destacam o impacto da desativação de antigos postos, como os do Grama, Benfica e Santa Cruz — este último já descaracterizado. No caso de Benfica, o espaço foi assumido pela Prefeitura, enquanto o posto do Cascatinha foi demolido nesta semana após ocupação irregular.

Segundo relatos da comunidade, a falta de estruturas descentralizadas dificulta o registro de ocorrências, especialmente no período noturno, quando a presença policial nos antigos pontos se mostrava mais efetiva. A redução desses espaços tem levantado questionamentos sobre a cobertura do policiamento e a rapidez no atendimento das demandas da população.

A expectativa é que novas medidas possam ser discutidas entre autoridades e comunidade para restabelecer pontos de apoio e melhorar o acesso ao registro policial em diferentes regiões da cidade.