O presidente mistura felicitações com ataques à esquerda.

IMAGENS DA INTERNET
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), usou a rede Truth Social neste domingo (20) para desejar uma feliz Páscoa aos norte-americanos — mas o recado veio acompanhado de críticas duras à oposição e de novas promessas voltadas à pauta conservadora. Em tom provocativo, o republicano afirmou que pretende tornar a América “mais religiosa do que nunca”.
“Juntos, vamos tornar a América maior, melhor, mais forte, mais rica, mais saudável e mais religiosa do que nunca”, escreveu. A declaração foi publicada na manhã do domingo de Páscoa, data tradicionalmente marcada por mensagens de unidade entre lideranças políticas, mas que Trump usou também como palco para reforçar ataques a adversários.
Em outra postagem, o presidente não poupou insultos aos críticos. Disse desejar feliz Páscoa até mesmo aos “lunáticos da esquerda radical que lutam e tramam arduamente” para trazer ao país “assassinos, traficantes, prisioneiros perigosos, doentes mentais e conhecidos membros da gangue MS-13 e agressores de mulheres”. A publicação segue a linha retórica adotada por Trump desde a campanha de 2024, com foco em temas ligados à segurança, imigração e criminalidade.
Trump também mirou no Judiciário. Chamou de “fracos” e “ineficazes” os juízes que barram decretos de seu governo, mas disse que até eles merecem uma boa Páscoa. O republicano voltou a culpar o ex-presidente Joe Biden (Democrata) pela entrada de imigrantes nas fronteiras e afirmou que ele foi “o pior e mais incompetente” líder da história dos EUA.
“Mas para ele […] e para todas as pessoas que manipularam a eleição presidencial de 2020 para eleger esse idiota altamente destrutivo, desejo a vocês, com muito amor, sinceridade e carinho, uma Feliz Páscoa”, ironizou.
Desde que reassumiu a presidência, Trump intensificou ações para estreitar laços com líderes religiosos. Em fevereiro, criou o Escritório da Fé na Casa Branca, com a proposta de reforçar parcerias entre o governo federal e entidades cristãs. Também assinou um decreto que prevê a criação de um órgão para combater o “preconceito anticristão” nos Estados Unidos.
Na mesma época, Trump afirmou que sua relação com a fé mudou após as duas tentativas de assassinato sofridas durante a última campanha eleitoral. O episódio é citado com frequência por aliados para justificar a guinada religiosa e a defesa de valores tradicionalmente ligados à base evangélica do Partido Republicano.
As postagens de Páscoa reforçam a estratégia do presidente em pautar o debate público com temas conservadores e manter o foco na crítica ao que chama de “agenda woke” da esquerda norte-americana — um discurso que ganhou força nos últimos anos e que Trump transforma em capital político desde a primeira passagem pela Casa Branca.
Siga o perfil @isnesportes no Instagram e acompanhe as últimas notícias no ISN Online.