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Uma operação realizada pela Polícia Civil desmontou uma sofisticada estrutura criminosa que funcionava em uma mansão no Guarujá, litoral de São Paulo. Inspirados no modelo de coworking, os estelionatários compartilharam o espaço para aplicar golpes baseados em fraudes judiciais. Nove pessoas foram presas por envolvimento com a organização.
A ofensiva foi coordenada pela 6ª Delegacia da Disccpat, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), especializada no combate a facções criminosas. A investigação revelou que os suspeitos acessavam indevidamente processos digitais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) por meio de senhas oficiais. Com essas informações, os golpistas se passavam por advogados para solicitar valores das vítimas, alegando supostas pendências de custas judiciais ou prometendo liberação de quantias de ações judiciais.
No momento da abordagem, quatro integrantes da quadrilha foram flagrados em plena atividade dentro da residência, que fica em um condomínio de alto padrão na Praia de Pernambuco. O local contava com estrutura de luxo, incluindo piscina e equipamentos modernos, como notebooks e celulares conectados a sites jurídicos e redes sociais. Dois veículos também foram apreendidos.
Além do núcleo no litoral, a investigação levou os agentes até a capital paulista, onde outras cinco pessoas foram detidas. Elas eram responsáveis por fornecer contas bancárias usadas para receber o dinheiro desviado das vítimas.
A mansão utilizada pelo grupo está situada em uma região conhecida por abrigar imóveis de alto valor e residência de celebridades. Segundo os investigadores, a estrutura do local permitia a atuação simultânea de diversas células criminosas especializadas em fraudes semelhantes.
A operação representa mais um passo no enfrentamento ao uso indevido de sistemas públicos por organizações criminosas e ressalta a necessidade de reforço na segurança digital de órgãos do Judiciário.
