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Os Estados Unidos identificaram alvos estratégicos dentro da Venezuela que podem ser atingidos em eventuais ataques aéreos...
Créditos: Jonathan Ernst e Brenno Carvalho/Agência O Globo
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Os Estados Unidos identificaram alvos estratégicos dentro da Venezuela que podem ser atingidos em eventuais ataques aéreos, segundo revelou o jornal Wall Street Journal. A ação, que ainda depende de uma decisão final do presidente Donald Trump, teria como objetivo atingir instalações militares supostamente envolvidas com o tráfico de drogas, enviando uma “mensagem clara” ao presidente venezuelano Nicolás Maduro.

De acordo com fontes anônimas citadas pelo jornal, os alvos incluem portos, aeroportos, bases navais e pistas de pouso controladas pelas Forças Armadas venezuelanas. As instalações seriam utilizadas por cartéis de drogas com apoio do regime de Maduro, segundo avaliação de autoridades americanas.

Apesar de ainda não haver confirmação oficial sobre a ofensiva, o jornal Miami Herald afirmou nesta sexta-feira (31) que o governo Trump já teria tomado a decisão de bombardear o território venezuelano, podendo agir “a qualquer momento”.

A escalada militar ocorre em meio a uma série de movimentos estratégicos dos EUA no Caribe. A Casa Branca enviou navios de guerra à região, alegando combate ao narcotráfico. Além disso, Trump autorizou operações secretas da CIA na Venezuela e declarou recentemente que pretende realizar ações terrestres contra cartéis de drogas.

A resposta de Caracas foi imediata. O governo venezuelano classificou a movimentação americana como uma tentativa de mudança de regime. Em pronunciamentos recentes, Maduro denunciou uma “guerra inventada” pelos EUA e acusou a CIA de coordenar ações provocativas em parceria com outros países, como Trinidad e Tobago.

No último sábado (25), o governo venezuelano realizou exercícios militares no litoral do país para “proteger o território de operações encobertas” e reforçar sua soberania. Maduro também tentou negociar com os Estados Unidos acesso aos recursos naturais da Venezuela, que detém a maior reserva de petróleo do mundo, mas sem sucesso.

A ofensiva americana, se confirmada, representaria uma escalada grave nas tensões entre os dois países e poderia ter implicações geopolíticas de longo alcance na América Latina.

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