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O furacão Melissa deixou um rastro de destruição ao atravessar o Caribe, atingindo principalmente a Jamaica e o Haiti.
Créditos: AFP
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O furacão Melissa deixou um rastro de destruição ao atravessar o Caribe, atingindo principalmente a Jamaica e o Haiti. Com ventos de até 300 km/h, o fenômeno tocou o solo jamaicano na última terça-feira (28) como um furacão de categoria 5, devastando a região oeste da ilha. Ao todo, 30 pessoas morreram na região: 25 no Haiti, 4 na Jamaica e 1 na República Dominicana.

Na Jamaica, o governo classificou o Melissa como a “tempestade do século” e uma das mais potentes já registradas no Oceano Atlântico, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) e a Organização Mundial da Meteorologia (OMM). Casas foram completamente destruídas, ruas ficaram alagadas e grande parte da infraestrutura do país entrou em colapso.

O primeiro-ministro Andrew Holness sobrevoou áreas afetadas e confirmou danos a hospitais, moradias e comércios. “Nosso país foi devastado pelo furacão Melissa, mas vamos reconstruir, e faremos isso ainda melhor do que antes”, declarou. Segundo ele, não havia infraestrutura capaz de resistir a um fenômeno dessa magnitude.

A ministra da Informação, Dana Morris Dixon, informou que cerca de 80% da ilha ficou sem eletricidade, especialmente na região de Santa Elizabeth, que ficou submersa. Estima-se que mais de 1,5 milhão de pessoas, metade da população jamaicana, tenham sido afetadas, segundo a Cruz Vermelha. O país iniciou a etapa de limpeza, busca por desaparecidos e restabelecimento dos serviços de energia e telecomunicações.

No Haiti, a situação é ainda mais crítica. O furacão causou inundações severas no sul do país, com destaque para a cidade de Petit-Goâve, onde diversas casas desabaram e moradores continuam presos. O prefeito Jean Bertrand Subrème relatou à imprensa que apenas um agente da Agência de Proteção Civil está atuando na área e que a população tenta, por conta própria, esvaziar as casas alagadas. “Estou devastado com a situação”, afirmou, ao pedir apoio urgente ao governo central.

A tragédia acontece em um momento de instabilidade e violência no Haiti, o que dificulta ainda mais os esforços de resgate. A ONU classificou o impacto do furacão como “sem precedentes” na Jamaica e alertou para o agravamento da crise humanitária na região caribenha.

Após passar pelas Bahamas — onde o alerta de furacão já foi suspenso — o Melissa segue em direção às Bermudas como furacão de categoria 2. A previsão é de que perca força nos próximos dias.

Ajuda Internacional

A comunidade internacional começou a mobilizar ajuda. Os Estados Unidos anunciaram o envio de equipes de resposta a desastres e a União Europeia distribuirá kits de emergência e unidades de tratamento de água pelas ilhas caribenhas afetadas. O governo brasileiro manifestou solidariedade aos povos e governos dos países caribenhos afetados, e expressou disposição para cooperar, dentro de suas possibilidades, com os referidos países.

Destaques ISN

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