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Influenciador de Guarujá é absolvido por falta de provas em caso de tentativa de assalto bilionário
Foto reprodução
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A Justiça de São Paulo absolveu o influenciador digital Daniel Ferraz, morador de Guarujá, das acusações de tentativa de furto qualificado e organização criminosa. Ele havia sido apontado como um dos envolvidos na escavação de um túnel que levaria uma quadrilha ao cofre principal do Banco do Brasil, em 2017, em um plano que ficou conhecido como a maior tentativa de assalto da história do país.

O juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa, Lavagem de Bens e Valores da Capital, considerou improcedente a denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e julgou que não há provas suficientes para a condenação. A sentença foi emitida no último dia 23.

Segundo o magistrado, a acusação se baseou principalmente na análise genética de uma luva encontrada em uma residência alvo de roubo em Perdizes, na capital paulista. Esse item teria sido comparado a uma escova de dente localizada no túnel escavado até a agência bancária, com um resultado técnico que apontava probabilidade superior a 99,9% de compatibilidade.

Apesar disso, o juiz destacou que o laudo de DNA, isoladamente, não é suficiente para sustentar uma condenação, especialmente quando não há comprovação de que o objeto pertencia de fato ao acusado. A origem da luva, segundo a defesa, permaneceu inconclusiva durante todo o processo.

Daniel Ferraz havia sido preso em flagrante em 2020, após ser citado por uma ex-namorada durante investigação da Polícia Civil sobre um roubo a residência. A mulher alegou que uma arma encontrada em sua casa pertencia ao influenciador. Ele passou quase dois meses preso preventivamente, após vítimas do roubo o reconhecerem. No entanto, também foi absolvido dessas acusações por falta de provas.

A tentativa de assalto ao cofre do Banco do Brasil, na Zona Sul de São Paulo, ficou marcada pelo envolvimento de ao menos 16 pessoas presas em flagrante em outubro de 2017, em um imóvel onde ferramentas eram fabricadas para a escavação do túnel. A Polícia Civil estimou que a quadrilha pretendia roubar cerca de R$ 1 bilhão — o que configuraria o maior assalto já registrado no mundo em termos de valor.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que não comenta decisões judiciais.

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