As Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram um bombardeio contra uma embarcação no Oceano Pacífico, próxima à costa da América do Sul, na noite desta terça-feira (21). Segundo o secretário de Guerra Pete Hegseth, o ataque foi executado em águas internacionais e deixou dois mortos. O local exato não foi divulgado.

A ação marca a primeira operação militar americana na região do Pacífico Sul desde o início da ofensiva contra o tráfico internacional de drogas liderada pelo governo do presidente Donald Trump. Até então, os bombardeios estavam concentrados no Caribe, onde sete ataques já haviam sido reportados, resultando em ao menos 34 mortes.

De acordo com Hegseth, os alvos eram supostos “narcoterroristas” ligados a uma organização classificada como terrorista pelos Estados Unidos. Ele afirmou que o barco seguia uma rota conhecida do tráfico internacional e que os dois ocupantes morreram no ataque.

A escalada militar inclui o envio de destróieres, submarino nuclear e caças F-35 para a região do Caribe, além de 6,5 mil militares. Apesar disso, a operação tem gerado controvérsia entre especialistas em direito internacional, que questionam o uso de forças armadas em vez da Guarda Costeira, responsável pela fiscalização marítima, e cobram mais transparência sobre as justificativas para o uso de força letal.

A ofensiva também intensifica as tensões diplomáticas com Venezuela e Colômbia. Em julho, o presidente venezuelano Nicolás Maduro foi classificado pelos EUA como líder do cartel de Los Soles, reclassificado como organização terrorista — o que abriu brecha legal para ações militares fora do território americano.

Na semana anterior, dois suspeitos de tráfico sobreviveram a um bombardeio no Caribe. Um deles foi libertado após autoridades locais não encontrarem provas de envolvimento com o tráfico. O outro segue hospitalizado e poderá responder judicialmente em seu país de origem.