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O ISFM News desta quarta-feira (22) abordou a criação de uma pensão especial para crianças cujas mães foram vítimas de feminicídios. O benefício garantirá um salário mínimo mensal até que o órfão complete 18 anos, como forma de apoio social e reparação simbólica.
Luciano Cascione afirmou que considera a medida um exemplo de casuísmo eleitoral. Segundo ele, embora o feminicídio seja uma barbárie inaceitável, o governo usa um tema sensível para criar programas de apelo midiático em ano pré-eleitoral.
O advogado ressaltou que há diversas situações em que crianças ficam órfãs sem qualquer amparo do Estado. Para ele, a criação de uma pensão específica apenas para um grupo reforça o caráter político da decisão, sem resolver a questão social de forma ampla.
Cascione também defendeu que o responsável pelo crime, geralmente o pai, deveria arcar com o sustento da criança. Ele afirmou que a reparação financeira não compensa a perda emocional, e que o governo deveria pensar em medidas estruturais e não apenas assistenciais.
Antônio Carlos Silva Gonçalves questionou a diferença entre o órfão de feminicídio e o de outras tragédias. Segundo ele, o trauma é distinto, mas a consequência é a mesma, e a resposta do Estado deveria ser igual para todas as crianças desamparadas.
O engenheiro destacou que o país carece de planejamento e políticas permanentes. Para ele, em vez de criar bolsas pontuais, o governo deveria investir em orfanatos, acolhimento e educação, garantindo futuro digno e estabilidade emocional às vítimas indiretas da violência.
Apresentado por Paulo Schiff, o ISFM News vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Rádio ISFM 100,7. O programa também pode ser acompanhado através do canal oficial da ISFM no YouTube.
