O Governo do Estado de São Paulo oficializou mais um passo importante para a construção do Túnel Imerso Santos-Guarujá, uma das obras de mobilidade urbana mais esperadas do país. A empresa Mota-Engil Latam Portugal S.A. foi declarada vencedora do leilão realizado em setembro, na B3, em São Paulo, e será responsável pela construção, operação e manutenção do túnel.

A novidade foi anunciada juntamente com o lançamento do site oficial do projeto (www.tunelsantosguaruja.sp.gov.br), criado para garantir transparência ao processo e disponibilizar ao público informações atualizadas sobre o andamento da obra, cronograma de execução e etapas previstas.

Em entrevista ao programa “3, 2, 1” da Agência SP, o secretário de Estado de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, destacou o impacto regional do empreendimento. “Esse projeto vai trazer muitos benefícios. O trajeto entre Guarujá e Santos poderá ser feito em até cinco minutos, permitindo uma integração maior da Baixada Santista. Isso vai desenvolver o comércio, o turismo, desenvolver a economia regional, trazendo muito benefício para todo mundo”, afirmou.

Com investimento total estimado em R$ 6,8 bilhões, a construção será realizada por meio de Parceria Público-Privada (PPP) patrocinada, com contrato de 30 anos. O aporte público será de até R$ 5,1 bilhões, dividido igualmente entre os governos estadual e federal.

Após a homologação do resultado do leilão, será realizada a assinatura oficial do contrato. A partir desse marco, inicia-se a fase preparatória da PPP, que inclui a elaboração do projeto executivo, a definição do local da Doca Seca — onde serão fabricados os módulos estruturais do túnel — e a obtenção da licença de instalação da CETESB. A agência ambiental paulista já emitiu a licença prévia, atestando a viabilidade da obra.

O Túnel Santos-Guarujá será o primeiro do tipo imerso no Brasil, com estruturas construídas fora do canal e instaladas no leito do Porto de Santos. Além da travessia submersa, o projeto inclui intervenções viárias nas duas cidades para preparar a malha urbana para o novo fluxo de veículos. Essas obras complementares estão previstas para começar em 2026 e serão fiscalizadas pela ARTESP, agência reguladora do transporte no estado.