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Israel lançou uma nova série de bombardeios neste domingo (19) sobre a Faixa de Gaza, com foco na cidade de Rafah, sul do...
Créditos: Bashar Taleb/AFP
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Israel lançou uma nova série de bombardeios neste domingo (19) sobre a Faixa de Gaza, com foco na cidade de Rafah, sul do território palestino. A ofensiva foi uma resposta a um suposto ataque do Hamas contra forças israelenses, que teria rompido o cessar-fogo em vigor há menos de duas semanas. O grupo nega a autoria dos disparos e acusa Israel de “fabricar pretextos para justificar crimes de guerra”.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), militantes do Hamas teriam usado mísseis antitanque contra bases próximas à rota de ajuda humanitária em Rafah, matando soldados. Em resposta, a Força Aérea israelense realizou dezenas de ataques aéreos contra alvos considerados estratégicos, como túneis, depósitos de armas e instalações militares do grupo. A operação envolveu o uso de mais de 120 munições, conforme relatado pelo jornal The Times of Israel.

A Defesa Civil de Gaza contabilizou ao menos 45 mortos nos ataques, além de dezenas de feridos e desaparecidos. O Ministério da Saúde local elevou o total de vítimas desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, para 68.159 mortos e 170.203 feridos.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou ter ordenado “medidas enérgicas” contra o Hamas. No entanto, o grupo islâmico reforçou que continua comprometido com o cessar-fogo. “Reafirmamos nosso total compromisso em implementar tudo o que foi acordado”, declarou a Brigada Ezzedine Al-Qassam, braço armado do Hamas. O grupo também relatou ter recuperado o corpo de um refém israelense, mas condicionou a devolução à segurança em campo.

Apesar da nova escalada, Israel anunciou, no fim do dia, a retomada do cessar-fogo. O Exército declarou que “em conformidade com a diretriz do escalão político”, suspenderia as ofensivas, mas advertiu que outras ações podem ocorrer caso a trégua volte a ser violada.

A suspensão temporária da passagem de ajuda humanitária por Rafah também foi determinada, ampliando a crise na região. A trégua, firmada com apoio dos Estados Unidos, já apresentava sinais de desgaste nos últimos dias. Israel chegou a rejeitar a colaboração da Turquia nas buscas por corpos soterrados em Gaza, exigindo a devolução integral de reféns como condição para liberar novos acessos humanitários.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o cessar-fogo segue em vigor e que as ações de Israel foram uma resposta necessária. Ele também sugeriu que as violações da trégua podem ter sido causadas por “rebeldes internos”, e não diretamente pela liderança do Hamas.

Destaques ISN

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