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Criminosos invadiram o Museu do Louvre, em Paris, no domingo (19), e roubaram nove peças da coleção de joias da monarquia francesa expostas na Galeria Apollo. A ação ousada durou cerca de sete minutos, segundo o ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, e terminou com a fuga dos suspeitos em scooters pelas ruas da capital.
Durante o ataque, os ladrões utilizaram uma plataforma para escalar a fachada do museu, arrombaram uma janela, quebraram vitrines e levaram joias de valor “inestimável”, segundo as autoridades. Uma das peças levadas, a coroa da imperatriz Eugênie — esposa de Napoleão III — foi posteriormente encontrada danificada fora do Louvre. O artefato, ricamente ornamentado com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, é uma das joias mais emblemáticas da história da França.
A ministra da Cultura, Rachida Dati, confirmou que o roubo afetou diretamente a prestigiada Galeria Apollo, onde está exposta, por exemplo, o famoso diamante Regent, de 140 quilates, avaliado em mais de US$ 60 milhões — que, segundo ela, não foi levado. Um colar, uma tiara e um broche estão entre os itens roubados, que pertencem ao acervo histórico da coleção de Napoleão.
O episódio levou ao esvaziamento imediato do museu e ao fechamento das instalações pelo restante do dia. A polícia francesa iniciou uma investigação, com análise de imagens de câmeras de segurança e comparação com outros roubos semelhantes. O ministro Nuñez afirmou que “tudo está sendo feito” para localizar os criminosos e reconheceu que há “grande vulnerabilidade nos museus franceses”.
Este roubo histórico acontece em meio a denúncias sobre a deterioração da infraestrutura do Louvre. Um memorando enviado em janeiro pela presidente do museu, Laurence des Cars, à própria ministra da Cultura, já alertava para vazamentos, superlotação, falhas de climatização e áreas “muito deterioradas”, comprometendo a conservação do acervo e o atendimento ao público. No ano passado, o Louvre recebeu 8,7 milhões de visitantes, sendo os turistas norte-americanos o segundo maior grupo.