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A Venezuela afirmou que posicionou tropas em pontos estratégicos da costa caribenha e anunciou o repasse de armas “às mãos do povo”...
Créditos: Juan Barreto/AFP
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A Venezuela afirmou que posicionou tropas em pontos estratégicos da costa caribenha e anunciou o repasse de armas “às mãos do povo” para enfrentar uma possível incursão dos Estados Unidos. O anúncio ocorre após o envio, em agosto, de navios e aeronaves militares norte‑americanas ao Caribe, operação que Washington diz ser contra o narcotráfico. Caracas classificou a movimentação como uma agressão que visa forçar mudança de regime e apoderar‑se do petróleo venezuelano.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, declarou que “o Estado decidiu que as armas do país… estejam nas mãos do povo, para sua proteção”, afirmando que o país vive “uma fase de agressão (…) de cerco”. Em resposta às ações dos EUA, o governo venezuelano também ordenou exercícios militares permanentes e convocou o alistamento de civis, que estariam sendo instruídos no manejo de fuzis.

Segundo o relato oficial, as forças norte‑americanas destruíram ao menos quatro embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico, com resultado de 21 mortos — operação que Caracas qualifica como “execuções extrajudiciais” em alto‑mar. O presidente dos EUA, Donald Trump, justificou o emprego do poderio militar como parte da luta contra cartéis que, segundo ele, têm vínculos com o governo venezuelano; Maduro nega as acusações.

Em nota às TVs locais, o Executivo venezuelano informou que posicionou tropas em locais considerados estratégicos diante da aproximação das embarcações americanas. Em paralelo, a Venezuela pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que intervenha para impedir o que chama de “crime internacional” por parte dos Estados Unidos, acusando Washington de tentar “fabricar um conflito” para justificar uma invasão.

O posicionamento militar e a mobilização civil elevam a tensão na região do Caribe e tornam mais complexas as relações entre Caracas e Washington. Resta acompanhar eventuais respostas diplomáticas internacionais, a evolução das operações navais no Caribe e se o Conselho de Segurança da ONU dará seguimento ao pedido venezuelano.

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