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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou nesta segunda-feira (13) no Knesset, o Parlamento de Israel, após mediar o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas. O pacto resultou na libertação de reféns israelenses e de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. O republicano foi recebido em Tel Aviv por líderes israelenses e declarou: “É o fim de uma era de terror e o começo de uma era de paz”.
No discurso, Trump exaltou a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e agradeceu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a líderes de países árabes pela colaboração. “Depois de dois anos terríveis, escuridão, prisão, vinte reféns corajosos estão retornando para o abraço glorioso de suas famílias”, afirmou.
A troca envolveu a libertação de 20 reféns vivos e o reconhecimento da morte de outros 28, cujos corpos ainda serão localizados. Do lado palestino, dezenas de ônibus chegaram à Faixa de Gaza e à Cisjordânia com prisioneiros libertados, incluindo detentos que cumpriam pena perpétua por envolvimento em atentados contra Israel.
Apesar do gesto, Trump foi enfático ao dizer que se trata de um acordo de cessar-fogo e não de paz definitiva. “É o momento de traduzir essas vitórias contra os terroristas do campo no preço final da paz”, declarou.
O presidente norte-americano ainda aproveitou a fala para acenar ao Irã, oferecendo diálogo sobre o programa nuclear, e para criticar gestões anteriores: “Estávamos estrangulados pelos governos de Barack Obama e Joe Biden. Havia um ódio contra Israel”.
Trump citou também o fim de oito guerras durante sua administração e reiterou a força militar dos EUA. Sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, disse que a guerra não teria ocorrido se estivesse no cargo anteriormente.
Entre os prisioneiros libertados, há nomes associados a crimes violentos. Para o presidente-executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst, embora a libertação cause polêmica em Israel, ela marca o início da recuperação do país. “É um acordo de cessar-fogo, não de paz. O Hamas já afirmou que não vai se desarmar”, ressaltou.
Trump encerrou o discurso com apoio enfático a Israel: “Eu amo Israel, estou com vocês até o fim”.