Fim da greve de peritos do INSS promete normalizar atendimentos
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Depois de mais de sete meses de paralisação, os peritos médicos do INSS voltaram ao trabalho nesta segunda-feira (14). A greve, iniciada em agosto do ano passado, envolveu cerca de 300 profissionais e foi considerada a mais longa da história da categoria. Com o retorno, a expectativa é de que os atendimentos represados comecem a ser normalizados — ainda que de forma gradual.
O fim da paralisação foi selado com um acordo entre a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) e o Ministério da Previdência Social. O governo federal se comprometeu a devolver os salários descontados dos profissionais desde janeiro e a suspender eventuais punições disciplinares aplicadas durante o movimento.
Apesar disso, a ANMP admitiu, em nota, que os termos do acordo ficaram abaixo do esperado. “Apesar de não constituir aquilo que a categoria almejava, o novo pacto sinaliza a consolidação de novas conquistas”, diz o texto. A entidade não detalhou, porém, quais foram os ganhos efetivos obtidos na negociação.
Durante o período de greve, milhares de segurados ficaram sem acesso a perícias médicas — condição essencial para o recebimento de benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. A demora no atendimento resultou em filas, acúmulo de demandas e relatos de prejuízos financeiros.
Agora, o INSS orienta que os atendimentos sejam reagendados por meio da Central 135 ou pelo portal Meu INSS. Ambos os canais funcionam de segunda a sábado, das 7h às 22h.
Para quem preferir o atendimento presencial, é necessário comparecer a uma agência do INSS com documento com foto, laudo médico com diagnóstico e prescrições atualizadas.
Mesmo com o fim da greve, ainda não há prazo definido para o total escoamento da demanda acumulada. O temor de nova paralisação também não está descartado, diante do tom cauteloso adotado pela ANMP e da falta de garantias concretas para futuras reivindicações.
Procurado, o Ministério da Previdência não respondeu aos questionamentos sobre o impacto da paralisação e os próximos passos para a recomposição do atendimento.
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