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O estado de São Paulo registra 14 casos confirmados de intoxicação por metanol e 178 em investigação, de acordo com o balanço...
Créditos: Reprodução/Governo do Estado de SP
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O estado de São Paulo registra 14 casos confirmados de intoxicação por metanol e 178 em investigação, de acordo com o balanço divulgado pelo governo estadual nesta segunda-feira (6). Além disso, foram confirmadas 9 mortes, sendo 2 confirmadas por intoxicação por metanol e 7 ainda em investigação.

Os números foram apresentados durante uma coletiva de imprensa após uma reunião do gabinete de crise, que envolve diversas secretarias, no Palácio dos Bandeirantes. O governo detalhou o andamento das investigações e as ações em curso para combater a adulteração de bebidas no estado.

Balanço dos Casos e Mortes

  • 192 casos totais

    • 14 casos confirmados: com laudo atestando a presença de metanol e confirmação de que a ingestão foi de bebida adulterada.

    • 178 casos em investigação: com indícios clínicos, mas aguardando laudos para confirmar a presença de metanol e apuração das circunstâncias da ingestão.

  • 9 mortes

    • 2 óbitos confirmados: com laudo e confirmação de ingestão de bebida adulterada.

    • 7 óbitos em investigação: sem laudo e sob investigação das circunstâncias.

  • 15 casos descartados após análise clínica.

Comentário do Governador Tarcísio de Freitas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou sobre o problema, afirmando que a intoxicação por metanol é uma questão antiga e estrutural. Ele lembrou que esse tipo de caso não é novo no Brasil, citando um incidente ocorrido nos anos 90 na Bahia, quando quase 20 pessoas morreram após ingerirem bebidas adulteradas com metanol. “É algo recorrente, é algo que vem acontecendo”, disse o governador.

Posicionamento da Segurança Pública

O Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, também se pronunciou sobre o caso, esclarecendo que não há indícios de participação do crime organizado nos casos de intoxicação por metanol. “Agora, que tem que ficar bem claro para a gente por enquanto, e claro que a gente não tem problema nenhum de mudar o nosso ponto de vista, mas trabalhando com as evidências até aqui, não há participação nenhuma do crime organizado nesse processo. Por que a gente pode pontuar? São locais distintos; nenhum dos 41 presos é faccionado, pertence ou pertenceu a qualquer organização criminosa. […] O crime organizado no Brasil, em São Paulo, tem por objetivo principal o lucro, e esse lucro é exponencial no tráfico de drogas. A questão da bebida é infinitamente inferior à questão do tráfico de drogas, por que uma organização criminosa que lucra exponencialmente com o tráfico de pasta base de cocaína, inclusive com o tráfico internacional, iria migrar para um negócio muito menos rentável?”, afirmou Derrite.

Ele ainda explicou que a adulteração pode ter ocorrido em algumas destilarias clandestinas, onde o etanol utilizado pode ter sido contaminado com metanol, causando a intoxicação. Embora essa hipótese não seja a principal, ela também não está sendo descartada pelas investigações. (Veja abaixo)

A situação continua em investigação, e as autoridades estaduais seguem monitorando os casos enquanto tomam medidas para prevenir novos incidentes.

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