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A fila de transplantes no Brasil reúne hoje cerca de 73 mil pacientes, sendo mais da metade à espera de um rim. A grande dificuldade é encontrar doadores compatíveis — e um novo estudo pode mudar esse cenário. Pesquisadores canadenses conseguiram converter um rim humano do tipo sanguíneo A em tipo O, considerado doador universal, e o transplantaram em um paciente com morte cerebral.
O procedimento, descrito na revista Nature Biomedical Engineering, mostrou que o órgão funcionou por dois dias antes de apresentar sinais de rejeição, o que representa um avanço importante, já que a rejeição em casos de incompatibilidade costuma ser imediata.
A técnica, chamada de ECO, utiliza enzimas para remover antígenos presentes nas células que provocam a reação do sistema imunológico. Dessa forma, o órgão convertido poderia ser aceito por pacientes de diferentes tipos sanguíneos, ampliando as possibilidades de transplante.
Embora ainda em fase experimental, o método pode revolucionar a medicina transplantadora, encurtando o tempo de espera de milhares de pacientes em todo o mundo.