O cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, conseguiu uma vitória importante nesta sexta-feira (26). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar revogando sua prisão preventiva, determinada em julho deste ano, e autorizou que ele responda ao processo em liberdade.

A decisão foi proferida pelo ministro Joel Ilan Paciornik, que destacou falhas na fundamentação da prisão: segundo o magistrado, a manutenção da custódia se baseava em “argumentos vagos”, sem elementos concretos que justificassem a medida mais grave.

Como fica a situação jurídica do cantor

Oruam não foi absolvido nem teve o processo arquivado. O que o STJ determinou foi a substituição da prisão por medidas cautelares alternativas, que ainda serão definidas pela 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

Essas medidas podem variar, e até o momento não há confirmação oficial sobre quais serão aplicadas. Circulam especulações nas redes e na imprensa sobre tornozeleira eletrônica ou restrições de deslocamento, mas a Justiça ainda não divulgou a lista concreta.

Na prática, o rapper sai da prisão, mas segue com restrições legais até que o caso seja julgado em definitivo.

O que levou Oruam à prisão

O artista foi detido em 22 de julho, no Rio de Janeiro, acusado de associação ao tráfico, tráfico de drogas, resistência e até tentativa de homicídio, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público. Antes da decisão de Brasília, o Tribunal de Justiça do Rio já havia negado pedidos de habeas corpus da defesa.

Encontro com Deus e falsos amigos

Durante o período em que esteve detido, Oruam escreveu uma carta aberta, divulgada por sua equipe. No texto, ele se mostra arrependido, afirma aceitar seu “castigo” e pede perdão à família e aos fãs. O artista também fala em reencontro com a fé, cita passagens bíblicas e desabafa sobre “falsos amigos” que teriam se afastado dele no momento de maior dificuldade.