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O cantor Wesley Safadão usou as redes sociais nesta quinta-feira (25) para relatar em vídeo o susto vivido pela família após seu filho, Yhudy Lima, de 14 anos, ser diagnosticado com um tumor no crânio. O jovem foi submetido a uma cirurgia de emergência para retirada do tumor, e agora se recupera em casa, enquanto aguarda o resultado da biópsia.
Segundo Wesley, o episódio começou na quarta-feira da semana passada (17/9), por volta das 20h, quando ele estava em casa cortando o cabelo. Yhudy havia acabado de sair do corte quando começou a reclamar de dores fortes na cabeça. O barbeiro que atendeu o adolescente relatou que ele não conseguia nem permitir que o pente tocasse a região afetada.
Preocupado, o cantor examinou o couro cabeludo do filho e encontrou um calombo. Sem perder tempo, levou o garoto ao hospital ainda na mesma noite. Os primeiros exames apontaram uma anormalidade, e novos testes foram feitos até a madrugada. Já na quinta-feira (18), o adolescente foi internado e passou por uma bateria de exames, incluindo o PET scan — que confirmou a localização do tumor em uma única área do crânio.
A cirurgia para retirada do tumor foi realizada na sexta-feira (19) e durou cerca de três horas. Segundo Safadão, o procedimento foi bem-sucedido, e Yhudy acordou poucas horas depois já consciente e fora do efeito da anestesia. O cantor agradeceu à equipe médica envolvida no tratamento do filho e disse que, por cautela, preferiu não divulgar a situação antes da confirmação da biópsia. A informação só foi compartilhada publicamente após a imprensa tomar conhecimento do caso.
Yhudy permaneceu internado durante o final de semana, recebendo alta na segunda-feira (22). Ele segue em casa, em recuperação, com acompanhamento da família. A mãe do jovem, Mileide Mihaile, publicou um comunicado oficial informando que a prioridade agora é garantir que ele receba os cuidados necessários para retomar sua rotina com segurança.
Nas redes sociais, Doralice dos Santos, avó materna de Yhudy, compartilhou um desabafo emocionado sobre o susto vivido com o neto, classificando o momento como “tensão, desespero e vontade de gritar”. Ela agradeceu a Deus pela recuperação do menino e comemorou o que definiu como “nosso milagre”.
O que é histiocitose de Langerhans?
A histiocitose de Langerhans é uma condição rara que afeta principalmente bebês e crianças. Trata-se de uma proliferação anormal das células de Langerhans, um tipo de célula do sistema imunológico, que se acumulam em determinadas partes do corpo, provocando inflamações e lesões.
Considerada por muitos especialistas uma neoplasia (tumor), a doença pode provocar sintomas variados, dependendo do local afetado. Aproximadamente 80% das crianças com a condição desenvolvem lesões ósseas, que podem se manifestar como inchaços, calombos ou dor, especialmente em regiões como o crânio, ouvidos, mandíbula, coluna, quadris, pernas ou costelas.
Entre os principais sintomas estão dores de cabeça intensas, fraturas, dor no pescoço, nas costas e dificuldades para caminhar, quando há comprometimento da estrutura óssea.
O que causa o tumor?
A principal causa da histiocitose de Langerhans está associada a uma mutação genética no gene BRAF, responsável pela produção de uma proteína que regula o crescimento celular. Essa mutação faz com que as células cresçam e se multipliquem de forma descontrolada.
Além disso, fatores como histórico familiar, exposição a certos produtos químicos durante a gravidez, contato com poeiras metálicas, granito ou madeira no ambiente de trabalho e infecções neonatais também podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença.
Como a doença é identificada e tratada?
O diagnóstico da histiocitose de Langerhans envolve uma série de exames clínicos e laboratoriais. Os médicos podem solicitar exames de sangue, urina, testes de função hepática, exames genéticos, além de exames de imagem como radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia óssea e PET scan.
O tratamento depende da extensão e localização da doença. Em casos localizados, como o de Yhudy, a cirurgia pode ser suficiente para a retirada completa da lesão. Em situações mais complexas, pode ser necessário o uso de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia para controlar a multiplicação celular anormal e prevenir novos focos da doença.
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