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Foto: Lula Marques / Agência Brasil
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O programa ISFM News desta quinta-feira (25) discutiu a derrubada da PEC da blindagem na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A proposta foi rejeitada por unanimidade, em votação histórica que reacendeu o debate sobre os limites e responsabilidades do Legislativo.

O advogado Rodrigo Julião afirmou que a derrota já era esperada, diante da movimentação na imprensa, no Congresso e no país. Para ele, o placar de 26 a 0 foi um recado claro, sobretudo em relação a temas ligados à anistia e à tentativa de limitar o Supremo Tribunal Federal.

Ele ressaltou que a Câmara havia aprovado o texto em votação secreta e apressada. Segundo Rodrigo, a imunidade parlamentar é importante, mas não pode ser confundida com impunidade. Nesse sentido, a PEC transmitia justamente essa sensação à sociedade.

Na avaliação do advogado, quem escolhe a vida pública deve estar sujeito à fiscalização. Embora reconheça que abusos do Supremo possam ocorrer, ele defendeu que transformar a PEC em blindagem contra crimes comuns é inaceitável e justificou a reação do Senado.

Já o economista Adalto Corrêa de Souza Júnior destacou que, nos últimos 60 dias, o Congresso pautou matérias de baixo interesse social. Ele classificou essas propostas como “tóxicas” e observou que a agenda se afastou de áreas como economia, educação e segurança pública.

Adalto lembrou que o julgamento de Bolsonaro e aliados já havia desgastado o ambiente político. Para ele, a PEC foi conduzida de forma atropelada, o que aumentou a rejeição popular. O economista afirmou que a decisão do Senado marca o retorno à realidade.

Ele ainda reconheceu que não analisou o texto detalhadamente, mas admitiu que poderia conter pontos legítimos. No entanto, reforçou que o processo de tramitação foi equivocado e deixou clara a necessidade de o Congresso aprender a lidar melhor com pautas sensíveis.

Para os analistas, o episódio mostrou que o Senado buscou sinalizar maturidade institucional diante de propostas vistas como distantes do interesse popular. O resultado da votação se tornou um marco simbólico e aumentou a pressão sobre a Câmara dos Deputados.

Apresentado por Paulo Schif, o ISFM News vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na rádio ISFM 100,7. O programa também pode ser acompanhado ao vivo ou sob demanda no canal oficial da emissora no YouTube.

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