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Uma das linhas investigativas da Polícia Civil aponta que a morte do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, pode ter...
Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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Uma das linhas investigativas da Polícia Civil aponta que a morte do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, pode ter sido executada a mando da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ruy foi assassinado a tiros na última segunda-feira (15/9), em Praia Grande, litoral paulista, após tentar escapar em alta velocidade por cerca de 2,5 km.

A facção criminosa teria incluído o nome de Ruy entre os alvos prioritários de uma carta apreendida em 2019, com ordens explícitas de assassinato. O documento, manuscrito, foi encontrado com Sandro de Cássio, o Gardenal, durante uma prisão em flagrante. Nele, constava uma lista com nomes de autoridades marcadas para morrer, incluindo Ruy Ferraz.

A ordem teria partido diretamente de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal líder do PCC, e foi repassada por meio de Décio Gouveia Luiz, o Decinho, e depois por Nailton Vasconcelos Martins, conhecido como Irmão Molejo. Uma reunião organizada em março de 2019, no bairro Cidade Tiradentes, serviu para disseminar as ordens entre os executores.

Entre os cinco membros da facção apontados como responsáveis pela missão contra Ruy estão: Fernando Henrique dos Santos (Koringa), Jhonatan Alexandre Rodrigues (Barata), Alan Donizeti dos Santos (Terere), Marcos Ferreira de Souza (Corintiano) e Cleberson Paulo dos Santos (Mimo). Todos tinham histórico de envolvimento com o chamado “núcleo disciplinar”, estrutura da facção voltada à aplicação de punições internas e execuções.

A carta ainda alertava que a não execução das ordens resultaria em punição severa aos próprios membros da facção: “pagando com a própria vida”.

Ruy Ferraz havia integrado operações que resultaram na transferência de Marcola para presídios de segurança máxima, além de ter investigado contratos públicos sensíveis durante sua atuação na Prefeitura de Praia Grande. Ele ocupou o cargo de delegado-geral de Polícia de São Paulo entre 2019 e 2022, durante a gestão de João Doria.

A defesa de Marcola negou envolvimento com o caso, segundo nota enviada ao portal Metrópoles.

Facção envolvida

Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (18/9), o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, juntamente com outras autoridades policiais, divulgou detalhes sobre o andamento das investigações do assassinato do ex-delegado Dr. Ruy Ferraz Fontes. Durante a coletiva, foi confirmada a participação do crime organizado no assassinato, com a divulgação dos nomes de dois suspeitos foragidos e envolvidos diretamente na execução do crime.

 

 

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