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Categoria denuncia desmonte, perdas salariais e falta de diálogo com governo Zema
Os servidores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Sisema) entraram em greve no dia 1º de setembro, após aprovação em assembleia com 99,62% dos votos válidos. O movimento é por tempo indeterminado e reivindica soluções para problemas antigos, como defasagem salarial, ausência de plano de carreira e perda de pessoal.
Segundo a categoria, desde 2016 o sistema perdeu quase mil servidores concursados e não realiza concurso público há 12 anos. Hoje, apenas 1.353 trabalhadores atendem 853 municípios. Os servidores também afirmam que o governo prioriza investimentos em “propaganda verde”, enquanto desmonta órgãos ambientais.
Entre as denúncias estão perdas salariais superiores a 82%, casos de servidores recebendo menos que um salário mínimo e o descumprimento de um acordo judicial firmado em 2016 para implantação do plano de carreira. Além disso, apontam a negativa de direitos como adicionais de insalubridade e progressões por escolaridade.
As principais reivindicações incluem a realização de concurso público, recomposição inflacionária, implementação do plano de carreira, concessão de adicionais legais, criação de mesa permanente de negociação e pagamento de valores retroativos.
Em nota, o governo de Minas afirmou reconhecer a importância dos servidores e declarou que mantém diálogo aberto com a categoria. A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informaram que estão avaliando as demandas, de acordo com as possibilidades legais e orçamentárias do estado. O Sisema garantiu ainda a manutenção das atividades essenciais durante a paralisação.