Getting your Trinity Audio player ready...
|
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado nesta terça-feira (16/9) ao hospital DF Star, em Brasília, após apresentar quadro de queda de pressão, vômitos e fortes dores. Ele cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, mas a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prevê exceção para casos de urgência médica.
De acordo com a determinação, internações emergenciais recomendadas por médicos têm respaldo da Corte, desde que comunicadas no prazo de 24 horas. Moraes também autorizou que Bolsonaro seja acompanhado por profissionais de saúde de sua confiança sem necessidade de aviso prévio.
Na saída para o hospital, Bolsonaro deixou sua residência sob forte esquema de segurança, escoltado por comboio da Polícia Penal do Distrito Federal e até por helicóptero. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro o acompanhou.
Histórico recente de saúde
No último domingo (14/9), Bolsonaro já havia passado por exames no mesmo hospital. O relatório médico enviado ao STF apontou anemia por deficiência de ferro, resquícios de pneumonia recente por broncoaspiração e a retirada de oito lesões de pele. O documento também recomendou continuidade de tratamentos contra hipertensão, refluxo gastroesofágico e medidas preventivas de broncoaspiração.
Segundo o cirurgião Cláudio Birolini, responsável pelo acompanhamento, o ex-presidente apresenta quadro de saúde fragilizado, agravado por má alimentação.
Condenação no STF
A ida emergencial ao hospital ocorre dias após a Primeira Turma do STF condenar Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Do total da pena, 24 anos deverão ser cumpridos em regime fechado. Outros sete aliados também foram condenados no julgamento, que terminou com placar de 4 a 1. Apenas Luiz Fux votou pela absolvição.