O governador Romeu Zema sancionou a lei que autoriza a retirada de cadeiras em setores de estádios públicos de Minas Gerais. A medida, sem vetos, permite a criação de áreas populares com ingressos mais baratos, mas cabe a cada administradora decidir se fará a mudança.

O projeto nasceu após pressão da torcida do Cruzeiro, que pede a volta da tradicional “geral” no Mineirão. O movimento mira o setor amarelo, local onde costumam ficar as organizadas, e já mobilizou tanto a diretoria celeste quanto a concessionária Minas Arena.

Mesmo com a sanção, a mudança não é automática. A Minas Arena conduz estudos técnicos para avaliar a viabilidade, incluindo segurança estrutural, fluxo de saídas, barreiras anti-esmagamento e adequações em sanitários e catracas.

A autorização também depende das aprovações da Polícia Militar, dos Bombeiros e dos demais órgãos de patrimônio. A retirada ocorreria apenas no anel inferior, em cerca de 7 mil lugares. Isso não aumentaria a capacidade do estádio, apenas permitiria ingressos mais acessíveis.

Apesar do interesse, a diretoria do Cruzeiro admite que a volta da “geral” dificilmente ocorrerá ainda em 2025. Segundo Pedro Junio, vice-presidente do clube, as negociações seguem em andamento, mas a expectativa é que a mudança só seja viável a partir de 2026.

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