Conselho de Ética aprova cassação de Glauber Braga; decisão final será do plenário da Câmara

Deputado do PSOL-RJ é acusado de quebra de decoro após expulsar militante do MBL aos chutes e empurrões.

Reprodução: Flickr psbnacamaradosdeputados

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) a cassação do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ), acusado de quebra de decoro parlamentar. A decisão foi tomada por 13 votos a favor e 5 contra, após análise do episódio em que o deputado expulsou, com chutes e empurrões, um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) do interior da Câmara, em abril de 2024.

Com a decisão do Conselho, a palavra final sobre o futuro do parlamentar cabe agora ao plenário da Câmara. Para que a cassação se concretize, serão necessários ao menos 257 dos 513 votos dos deputados.

Durante a sessão do Conselho, marcada por tumulto e palavras de ordem de apoiadores de Braga, o deputado anunciou que fará greve de fome até o encerramento do processo, ou seja, até a votação final em plenário.

Glauber Braga tem afirmado ser alvo de perseguição política, citando o presidente da Câmara, Arthur Lira, como um dos responsáveis pela condução do processo. O parlamentar ainda alega que seu caso está relacionado ao envio de emendas parlamentares para redutos eleitorais de Paulo Magalhães (PSD-BA). Segundo levantamento apresentado por Braga, municípios onde Magalhães teve maior votação proporcional na Bahia receberam R$ 39,8 milhões em emendas.

Agora, a expectativa se volta para a definição da data da votação no plenário, que decidirá se o deputado do PSOL perderá definitivamente o mandato.

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