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A construção do túnel submerso entre Santos e Guarujá promete transformar profundamente a mobilidade, a logística portuária...
Créditos: Reprodução/Governo do Estado de São Paulo
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A construção do túnel submerso entre Santos e Guarujá promete transformar profundamente a mobilidade, a logística portuária e a vida cotidiana da população das duas cidades. Com 1,5 km de extensão, será a primeira travessia submersa do Brasil e reduzirá para cerca de dois minutos um trajeto que hoje pode levar de 18 a 60 minutos por balsas ou até uma hora por vias terrestres. Essa mudança trará ganhos diretos para os mais de 80 mil passageiros que cruzam diariamente o canal, além de facilitar o fluxo de cerca de 5 mil caminhões que circulam pelo Porto de Santos, contribuindo para maior eficiência logística.

Os impactos ambientais também são relevantes: a obra deve diminuir em cerca de 70 mil toneladas a emissão de CO₂ por ano, graças à redução do tempo de deslocamento e à substituição dos modais ultrapassados. Além disso, prevê-se a eliminação das palafitas na zona portuária, com a construção de aproximadamente 1.600 moradias destinadas a famílias em condições precárias, atacando diretamente um problema histórico de vulnerabilidade social na região.

Outro benefício esperado é a revitalização urbana e econômica. O túnel vai impulsionar o comércio local, atrair novos investimentos e gerar empregos tanto na fase de construção quanto durante a operação. A infraestrutura, que contará com três faixas por sentido, uma delas dedicada ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de ciclovia e espaço para pedestres, vai integrar de forma moderna e sustentável duas cidades estratégicas para o país.

Importância para a região portuária

O Porto de Santos, maior da América Latina e responsável por cerca de 30% da corrente comercial brasileira, terá ganhos estruturais diretos com a implantação do túnel. A obra permitirá maior fluidez no transporte de cargas, reduzindo gargalos logísticos que hoje impactam a competitividade do complexo portuário. A ligação rápida entre as margens ampliará a capacidade de escoamento e diminuirá o custo operacional para transportadoras e exportadores. Além disso, a nova infraestrutura fortalecerá o papel estratégico do porto como motor econômico não apenas do estado de São Paulo, mas de todo o país, consolidando sua posição nos mercados internacionais.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, destacou também o retorno financeiro rápido da obra (veja vídeo abaixo): “Uma obra estimada em mais de R$ 6 bilhões de investimento, ela se paga em três anos, tendo em vista a relevância da implementação dessa obra para todos os fatores que eu destaquei.”

Erradicação das palafitas e moradias dignas

Um dos pontos mais sensíveis destacados por Anderson Pomini é o impacto social da obra na região portuária. Ele classificou como inadmissível que o maior porto do Hemisfério Sul ainda conviva com famílias vivendo em condições precárias, em casas de palafitas.

Segundo Pomini, a construção do túnel será também um instrumento de transformação social, permitindo zerar as palafitas da zona portuária. Para isso, está prevista a entrega de aproximadamente 1.600 novas casas a moradores que hoje vivem em situação de vulnerabilidade.

Nas palavras do presidente da Autoridade Portuária: “É inadmissível que o maior porto do Hemisfério Sul, que representa 30% da nossa corrente comercial brasileira, ainda tenha pessoas vivendo em palafitas. Essa obra também contribuirá para zerarmos as palafitas da zona portuária, empregando 1.600 casas para as pessoas que residem em condição precária.”

Com investimentos estimados em R$ 6,8 bilhões e retorno projetado em apenas três anos de operação, a obra será um marco para o Porto de Santos e para o desenvolvimento logístico, ambiental e social do litoral paulista. O túnel não apenas aproxima Santos e Guarujá, mas também representa uma nova era para a infraestrutura portuária brasileira.

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