O movimento de aproximação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o centrão, especialmente com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), provocou forte irritação entre os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles veem no gesto um afastamento do bolsonarismo e um aceno claro ao núcleo político que já foi alvo de críticas do ex-presidente.
Segundo aliados, a principal queixa é que Tarcísio estaria se distanciando da base mais fiel do bolsonarismo em troca de apoio institucional e de maior governabilidade em São Paulo. O desconforto teria crescido após reuniões recentes e articulações em torno de cargos estratégicos.
No campo oposto, dirigentes do PT avaliam que esse movimento pode facilitar a entrada da esquerda na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Para petistas, ao se aproximar de setores tradicionais do centrão, Tarcísio abriria flancos para críticas e desgaste, reduzindo a identificação com a base conservadora que o elegeu.
Mensagens vazadas
Nas últimas semanas, circularam relatos de mensagens atribuídas a parlamentares próximos ao bolsonarismo e ao entorno de Tarcísio em grupos políticos. Essas conversas teriam reforçado a percepção de tensão e alimentado desconfiança sobre os rumos do governador em relação à direita. [detalhar aqui conforme surgirem novos elementos verificáveis.
Pesquisas de desempenho
Levantamento da Genial/Quaest divulgado em agosto mostrou que Tarcísio de Freitas aparece como um dos nomes mais competitivos da direita para a sucessão presidencial de 2026, atrás apenas de Jair Bolsonaro, que segue inelegível. Para o governo de São Paulo, pesquisas apontam aprovação acima de 50%, mas com quedas sensíveis em áreas como segurança pública, tema de maior desgaste.
